22 fevereiro 2007

Ser Enfermeiro

É Enfermo (infirmus) aquele que perdeu a força, a firmeza.
É Enfermeiro aquele que ajuda a recuperá-la...”

(Fonte : http://www.infirmus.blogspot.com/ )

Sou Enfermeiro e isso acima de tudo é uma filosofia de vida, em que se compila todo o conhecimento adquirido ao longo do Curso, ao longo das experiências de vida, ao longo da ciência...

Não se pense que um Enfermeiro, é um profissional, economicamente RICO, será porventura rico em sentimentos, experiências e sonhos! Sonhos a mais, que se tornam curtos no tempo para planear cuidados, para conversar e Ouvir, para se sentar e Chorar.

Vive-se na era dos números, combate-se a qualidade com os números, reduz-se aos Enfermeiros e espera-se níveis de qualidade. Num internamento coexistem e trabalham muito bem em equipa, Enfermeiros e Médicos, falo dos Primeiros, pois estatisticamente estão mais tempo no Serviço, passam mais tempo com o doente e afinal de contas, só posso descrever algo que conheço.

Perante as estatísticas, o que distingue estes Profissionais? São Enfermeiros, pedem-lhes conselhos, opiniões, que muitas vezes não pedem a outro profissional, estão mais disponíveis, estão presentes, Sentam-se e Ouvem, transmitem a informação a outros Profissionais. Mas como definir o que os números, não alcançam???

São Enfermeiros, estão Cansados, tão cansado às vezes…. Percorrem caminhos de Acumulação de Cargos, quer Familiares, quer profissionais, funcionam a dobrar, dobram os empregos, falta o conforto económico, falta o apoio… São Humanos e quer-se sempre mais, acabam-se os Curso e actualmente acumula-se não o Emprego, mas o Desemprego…

São Enfermeiros e não conseguem quantificar a um Gestor, a força de um toque, uma palavra amiga, um Ensino (…) isso não se Regista é inato à Profissão. Ser Enfermeiro é … Entender a pessoa, com todas as virtudes e defeitos, respeitando o próximo, dando uso a todas as teorias de Psicológicas, Humanistas e Cientificas aprendidas no Curso e fora dele.
Sou Enfermeiro e aprendo, todos os dias na minha profissão, não me roubem o tempo, não me destruam a carreira para dar ênfase aos NUMEROS.

14 fevereiro 2007

Dia de S. Valtentim

No Dia de S. Valentim teria que escrever algo. Porque ninguém é uma ilha e todos temos alguém que gostamos; este dia é para eles, sejam Amantes, Namorado(a)s, Maridos\Esposas ou Família…

Toda a gente requer Amor, somem-lhe uma dose precisa de Rotinas, não necessariamente as más, mas aquelas que trazem hábitos que nos deixam Cativos, ou então aqueles comportamentos que a sua ausência nos provoca ansiedade ou sentimento de vazio! (Por todos os Momentos em que me deixas cativo, obrigado, Meu Amor.)

Não me deixo envolver pela onda do Mercantilismo, em que o Amor é a Soma do que se pode Comprar, o Amor é difícil, provado todos os dias, pelo carinho de um filho, pelo abraço a um Pai, pela presença …na ausência!
Ninguém define o que é o Amor e decerto que todos os que lêem o meu Blog o sentem de modo diferente, por isso não gasto meras letras em definições abstractas e complicadas, simplesmente Amem!

Abracem a pessoa de quem gostem, os Pais, a Namorada, os filhos, os gatos… Amem! Afinal o Amor é Universal. Quando um dia fiz uma pergunta a um doente internado em fase terminal sobre o que queria ter feito, recebi um olhar meigo, um sorriso e uma resposta Simples: - “ Viver mais tempo com quem gosto mais”.

“Por isso VIVAM mais tempo com quem Vocês Gostam MAIS...”

Deixo-vos um Vídeo engraçado, em que é o próprio filho que nos mostra como as coisas mais simples, possibilitam o Renovar do Namoro (e neste caso, aumentar a taxa de Natalidade).


Fiquem bem e um Bom Dia de S. Valentim!

09 fevereiro 2007

"Eu queria um Fim Perfeito"


“Eu queria uma fim perfeito, por isso, sentei-me para escrever o livro com um fim, antes de haver lugar para um fim. Agora aprendi a tarefa dura que implica fazer rimar os poemas e algumas histórias não têm início, meio e fim. Tal como na minha vida, este livro tem ambiguidades.
Tal como na minha vida, este livro é sobre o não conhecer, Ter de mudar, fazer o momento e tirar o melhor dele, sem saber o que vai acontecer a seguir” (Noella Devolder McGray, in Questões psicossociais e da qualidade de vida” )

Poucas pessoas pensam em morrer, este facto de vida é o mais difícil de enfrentar, compreender e aceitar, como o referem muitos autores e doentes terminais. O processo de aceitação do processo de morte, passa por várias fases (o choque, a negação, a angústia, a agressividade, a negociação, a depressão, a aceitação, resignação...), alguns profissionais interpretam erradamente, estas fases, acreditando ser importante os doentes passarem de forma ordenada estas fases.
Cada pessoa actualmente é aceite como um ser único, que deve ser respeitado pela sua unicidade originalidade e integridade. Estes estadios são para ser compreendidos de forma fluida e em maturação, a natureza das respostas individuais podem tornar difícil a avaliação.

Assim sendo como actuar perante doentes em fase terminal? Como conseguir possibilitar a qualidade de vida a estes doentes? Como obter a maximização e medição da qualidade de vida?Não há respostas directas nem gerais quando se aborda este assunto, o mais importante, para cuidar de pessoas surge no conhecimento, na humanização, na empatia, na paciência, na maturação pessoal.... A qualidade de vida acompanha o bem-estar físico social, psicológico e espiritual.
Porque vale a pena Cogitare e Reflectir!

04 fevereiro 2007

ONZE MINUTOS, Resultado ABORTO


"Do diário de uma prostituta: Ganho 350 francos suíços para passar uma hora com um homem. Estou exagerando. Se descontarmos tirar a roupa, ensaiar algum falso carinho, conversar alguma coisa óbvia, vestir a roupa, reduziremos este tempo para onze minutos de sexo propriamente dito.
Onze minutos. O mundo gira em torno de algo que demora apenas onze minutos. E por causa destes onze minutos em um dia de 24 horas (considerando que todos fizessem amor com suas esposas, todos os dias, o que é um verdadeiro absurdo e uma mentira completa), eles se casam, sustentam a família, agüentam o choro das crianças, se desmancham em explicações quando chegavam tarde em casa, olham dezenas, centenas de outras mulheres com quem gostariam de passear em torno do lago de Genève, compram roupas caras para eles, roupas mais caras ainda para elas, pagam prostitutas para compensar o que estava faltando mesmo sem saber o que é, sustentam uma gigantesca indústria de cosméticos, dietas, ginástica, pornografia, poder – e quando se encontram com outros homens, ao contrário do que diz a lenda, jamais falavam de mulheres. Conversavam sobre empregos, dinheiro e ! esporte. Há algo de muito errado com a civilização." (Fonte: http://www.warriorofthelight.com/ Paulo Coelho )


No próximo dia 11 de Fevereiro discute-se o resultado destes Onze minutos! Votem em consciencia, sem pressões, não vos incuto para votarem nem no Sim nem no Não, Simplesmente Votem, decidam... Com esta reflexão vos deixo.