31 janeiro 2008

Funcionários Públicos Heróis ou Vilões

Muito se tem falado da culpa dos Funcionário Públicos e do seu Peso nas Finanças Publicas. Após verem a imagem anterior fica a pergunta Verdade ou Mentira ? Será que esta perseguição impiedosa tem alguma razão de ser ou não passa de Campanha de Marketing enganadora? Se compararmos os dados de 2004 afinal não somos assim tantos, correcto!
Apesar das reformas prometidas e anunciadas, fica ainda em stand-by a alteração que todos aguardam, a reforma das Carreiras da Função publica.
Podem comentar! E já agora bom Fim de Semana!

30 janeiro 2008

Ordem dos Enfermeiros refere que Enfermeiros terão que fazer parte da Reforma

Analisando ainda as reacções à noticia anterior deixo o artigo:

"Comentando a substituição do ministro António Correia de Campos por Ana Jorge, o vice-presidente da OE, Jacinto de Oliveira, afirmou esperar que a nova governante «ouça os parceiros sociais e as populações, porque sem que tal aconteça nenhuma reforma chega a bom porto».

«A reforma tem de ser compreensível e inteligível e com o anterior ministro não se compreendia a bondade das decisões», acrescentou. Para Jacinto de Oliveira, esta «pode ser uma das últimas oportunidades do Serviço Nacional de Saúde, que pode estar em risco».

«Qualquer reforma não pode ser feita contra a vontade das pessoas, quando o seu objectivo é assegurar as suas necessidades, e deixando de ouvir os parceiros envolvidos. A Ordem dos Enfermeiros teve por diversas vezes dificuldades em fazer-se ouvir», adiantou.

«Quando são encerrados serviços de urgência, têm de ser criadas alternativas», argumentou o dirigente, reafirmando que a tutela deverá ter em atenção a situação actual dos enfermeiros, por existir uma «sub dotação de recursos humanos e haver recém-licenciados à procura de emprego». (Fonte: SOL )

29 janeiro 2008

Mudanças na Saúde- Novo Ministro de Saúde.

A actual directora do serviço de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, Ana Jorge, vai ser a próxima ministra da Saúde, tendo já assumido a sua disponibilidade para o cargo até agora ocupado por António Correia de Campos.

Após ter escutado esta notícia impus a mim própria a pergunta qual será o perfil desta nova Ministra, quem é e qual o seu passado?
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Ana Jorge tem actualmente 57 anos e mais de 30 de carreira na saúde. Esteve 15 anos no Hospital D. Estefânia e cinco à frente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo durante o Governo de António Guterres, em que Maria de Belém Roseira foi ministra da Saúde.
Ainda durante a presidência da ARS, Ana Jorge destacou-se na reorganização das urgências pediátricas nos hospitais, apostando no encaminhamento das crianças para os centros de saúde da área de residência e deixando o atendimento hospitalar reservado para casos verdadeiramente urgentes.
Neste âmbito, foi ainda uma das impulsionadoras do serviço de atendimento pediátrico por telefone "Dói Dói, Trim Trim".
No plano académico, foi assistente da cadeira de saúde materno-infantil na Escola de Saúde pública e tem vários trabalhos publicados em revistas da especialidade. Esteve também ligada ao sector da humanização dos serviços do Instituto de Apoio à Criança.
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Por fim a nova Ministra da Saúde Ana Jorge, disse numas primeiras declarações que acreditava nas mudanças introduzidas pelo seu antecessor.. "Acredito na reforma em curso e no Serviço Nacional de Saúde" (fonte : J.N.)
Após esta Remodelação Política pergunto quais as alterações na politica? Teremos alguma inversão na politica de fecho de urgências e na reestruturação da rede Nacional de Ambulâncias?

Finalizo deixando as razões que levaram à demissão do Dr. Correia de Campos :

Este justificou a sua demissão, alegando que se deve ao facto de ser essencial "manter a relação de confiança entre os cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde"

Acrescenta ainda: "Ontem, ao fim do dia, tive uma informação de um dos elementos da comissão das urgências, dizendo que o ambiente de crispação nos serviços, entre doentes e profissionais de saúde está a atingir um nível insustentável. E isso não pode continuar", acrescentou.

"Não estavam reunidas as condições para continuar", finalizou o ex-ministro da Saúde. (Fonte : SOL).

A Ordem dos Enfermeiros já reagiu a esta Exoneração do Prof. Correia de Campos. Para verem Cliquem aqui.

27 janeiro 2008

"Criação Emprego" e "Perseguições Politicas"

A reeleita bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta de Sousa, criticou ontem o Governo, na tomada de posse, por colocar em marcha reformas dos cuidados continuados e dos cuidados de saúde primários sem apostar na “criação de emprego” ao nível da enfermagem.

“Não entendemos que nos cuidados de saúde primários tenhamos um número de enfermeiros igual ao número de médicos”, disse.

Na presença do secretário de Estado da Saúde, a bastonária sublinhou ainda que “o sistema de saúde português não pode assentar no desmantelamento e desregulação do Serviço Nacional de Saúde, sob pena de vermos alargada a franja de portugueses que serão excluídos do acesso aos cuidados”.

Para o próximo mandato, a bastonária acredita que o maior desafio que tem pela frente passa por impor o modelo de prática profissional tutelada. (Fonte : Correio da Manha)

Noticia 2
Saúde: Cinco profissionais denunciam «perseguição política

Três enfermeiros e dois médicos do centro de saúde de Alfândega da Fé queixam-se de estar a ser alvo de «perseguição política» por parte da coordenadora da sub-região, Berta Nunes.

Os cinco profissionais de saúde, todos próximos do PSD, acusam a coordenadora da sub-região e ex-candidata do PS à Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes, de lhes ter movido um total de 12 processos disciplinares por actos relacionados com as eleições autárquicas de 2005.

Berta Nunes, garante estar «de consciência tranquila», salientando que alguns processos disciplinares foram desencadeados antes de assumir o cargo na saúde, mas o Sindicato dos Enfermeiros anunciou já que vai apresentar uma queixa-crime contra a coordenadora por «abuso de poder e prepotência».

Os enfermeiros Conceição Chino e Carlos Bebiano faziam parte das listas do PSD à Câmara e Assembleia Municipal e na manhã das eleições acompanharam idosos da Santa Casa da Misericórdia (SCM), em que era provedor o autarca social democrata, ao centro de saúde e às mesas de voto.

A IGAS acusa-os de terem «violado o dever geral de criar no público confiança na acção da Administração Pública».

A acusação sustenta que, enquanto enfermeiros adstritos ao centro de saúde, «bem sabiam que esta situação lhes dava o direito de votarem pelos idosos» ao mesmo tempo que faziam parte das listas eleitorais.

Para José Azevedo, do Sindicato dos Enfermeiros, esta acusação «enferma de vício de forma porque os enfermeiros não estavam qualidade de funcionários públicos, mas como profissionais liberais, ao serviço da SCM».

A coordenadora da Sub-região de Saúde reitera que «os processos foram desencadeados antes de ter assumido o cargo» e, por isso, não vê aqui «qualquer perseguição política».(Fonte: diario digital)
Podem comentar.

Tomada de Posse Órgãos Sociais.

Dia 26 foi o dia de tomada de posse dos órgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros. Infelizmente por motivos pessoais, nenhum de nós os dois pode ir e presenciar a cerimonia... No entanto não poderíamos de deixar umas palavras de Esperança e de Bom trabalho.

Conhecemos as pessoas e reconhecemos competências, dedicação e iniciativa para os desafios que se nos apresentam enquanto profissão. Tal como referido na campanha a eleição é para os órgãos sociais, mas quem faz Enfermagem somos todos nós. Assim e à luz do discurso assertivo e responsabilizador da Enfermeira Maria Augusta, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, cito :

"Todos nós, enfermeiros, temos um objectivo prioritário comum: reforçar o papel da Enfermagem portuguesa no nosso Sistema de Saúde. Queremos uma Ordem pro activa, dinâmica, com capacidade de ouvir e de ser escutada, e de cada vez mais intervir nas políticas de saúde do nosso país"... Para ler o discurso da Srª Bastonária na integra clique aqui)

"Foi na presença do Dr. Francisco Ramos, Secretário de Estado da Saúde, da Enf.ª Alves de Brito, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da OE e perante cerca de 500 enfermeiros e representantes políticos da Saúde e não só, que a Enf.ª Maria Augusta Sousa tomou posse como Bastonária da Ordem dos Enfermeiros para o mandato de 2008 a 2011. " (O.E.)

O Cogitare acredita que a união dentro da classe traz Mudança qualitativa. Para que tal aconteça os Enfermeiro têm que estar envolvidos e envolverem-se mais nas mudanças em Saúde, para a Saúde e na construção desta. A ordem existe, para que se possa denunciar situações, aconselhar ou mesmo consultar sobre assuntos profissionais e académicos. O que dizem?

25 janeiro 2008

Inem VS Bombeiros e Vítima mortal

É Assunto do dia a chamada do INEM para os Bombeiros. Vi ontem no Jornal da SIC e nem queria acreditar, pois parece uma chamada vinda dos apanhados. Mas não era mesmo uma chamada do C.O.D.U. para os Bombeiros Voluntários de Favaios...

RESUMO DA HISTÓRIA

"António Moreira, 44 anos, faleceu na madrugada de terça-feira, na sua casa em Castedo do Douro, concelho de Alijó, depois de uma queda, em que terá batido com a cabeça, e que o terá deixado a sangrar.

A casa da vítima fica a cerca de 60 quilómetros do Hospital de Vila Real e a nove quilómetros da sede do concelho, cujo serviço nocturno do SAP foi encerrado a 27 de Dezembro.

A família acusa o INEM sustentando que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) só chegou à aldeia «duas horas depois do pedido de ajuda», versão que é «veementemente» refutada pelo INEM.

Manuel Lopes, cunhado da vítima, afirmou que a chamada para o 112 foi feita «às 3h30» e que a VMER de Vila Real apenas chegou à aldeia «duas horas depois».

Fonte do INEM referiu que o pedido de socorro foi feito por volta das «3h40» e que, logo nesse primeiro contacto, a família já avançava que o homem estaria morto.

Na gravação daquela chamada telefónica, a que a Lusa teve acesso, o irmão do falecido afirmava que este já se encontrava morto, que sangrava pela boca e que já não respirava.

O INEM accionou os bombeiros de Favaios, através de uma chamada feita às «3h51» - que demorou perto de oito minutos - ao mesmo tempo que solicitava os serviços da VMER de Vila Real.

Por falta de tripulação dos bombeiros de Favaios, já que o motorista se encontrava de serviço sozinho, o INEM teve que chamar os soldados da paz de Alijó, que também só tinham um elemento na corporação.

O comandante dos bombeiros de Alijó, António Fontinha, referiu que a sua corporação recebeu a chamada às «4h01» e que chegou a Castedo às «4h15».

A viatura de emergência demorou, segundo o INEM, «40 minutos a chegar» e, segundo António Fontinha, «50 minutos» até chegar perto da vítima, tendo apenas confirmado o óbito. " (FONTE : PORTUGAL DIÁRIO)


Assim anda a nossa Saúde. Podem Comentar.

Deixo o link e o vídeo alojado no Youtube. :http://br.youtube.com/watch?v=MRDh-5aEKkg

24 janeiro 2008

Sector privado "usa enfermeiros estagiários para se auto-financiar"

A noticia é recente. Privados usam enfermeiros para ganhar lucro isto à custa de uns supostos, estágios profissionais. O desemprego atingiu a nossa profissão, isso é uma realidade e temos que a encarar pois bateu-nos à porta.

No entanto, considero que esta visita que nos surgiu, diga-se com algum aviso prévio, faz com que seja emergente trazer para Enfermagem, mais do que nunca a necessidade de reestruturar a carreia e a forma de ensino e/formar alunos. Acredito no modelo de desenvolvimento profissional e espero que este seja implementado o mais breve possível! Só assim teremos algum controle de qualitativo e quantitativo.

Colegas que terminaram o curso, muitos ainda não conseguiram o primeiro emprego. Em conversas com alguns, muitos dizem que preferem o desemprego a aceitar propostas ridículas e pouco dignas para a Profissão.

No entanto alguns aceitam... A minha missão aqui não é criticar, acredito que a dada fase o desespero deve levar a isso (embora pessoalmente se estivesse nessa situação preferiria trabalhar num shopping), no entanto esta espera traz um adormecimento das competências e técnicas aprendidas e que só a prática consegue polir. Por isso caros colegas apesar da vossa situação má, informem-se e não caiam no "conto do vigário".

Concordo com o Sindicato quando se interroga chegando mesmo a questionar o Ministro da Saúde que aceita que há necessidade de contratar enfermeiros, no entanto é conivente com estes estágios que não existem na formação, nem na carreira! Pergunto-vos em caso de erro ou má prática de quem é a culpa, quem vigia estes Enfermeiros em Estágio?Serão outros Enfermeiros?

Deixo-vos a noticia (para lerem na integra cliquem aqui)

Fonte: Diário XXI
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa a Santa Casa da Misericórdia de Belmonte de nos últimos anos “ter usado recém-licenciados para se auto-financiar", através de estágios profissionais. Segundo a estrutura sindical, a Santa Casa recruta os profissionais através do Centro de Emprego para estágios profissionais, recebendo apoios do Governo para o fazer, mas quando terminam, não os integra nos quadros, conforme manda a lei.

Contactado pelo Diário XXI, o provedor, João Gaspar, reconhece que isso pode vir a acontecer com um dos actuais estagiários, mas nega que tenha acontecido com outros. "Se podemos ter enfermeiros em estágios profissionais, melhor para a nossa gestão, mas só abrimos estágios para vagas que precisamos", garante.

Apesar das garantias dadas por João Gaspar, o SEP não desarma. Armandino Chaves, membro do sindicato, garante que há cerca de um ano, pelo menos um enfermeiro fez estágio na Santa Casa e quando acabou não foi contratado, tendo ficado no desemprego.

"ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO EXISTE PARA ENFERMEIROS"

Em comunicado, o SEP "repudia firme e veemente estas figuras de estágios profissionais que têm como único objectivo a admissão de enfermeiros com remunerações substancialmente abaixo do que está previsto na carreira de enfermagem".(...)

"É uma vergonha". É inadmissível. Como é que o ministro [da Saúde] permite que tal aconteça com as carências que existem", questiona indignada Conceição Rodrigues. "E se o ministro permite que os Centros de Emprego inscrevam enfermeiros, significa que é conivente com esta situação e duplamente vergonhoso", conclui.

23 janeiro 2008

(Cont.)Queda de idoso após queda- Feedback da Ordem dos Enfermeiros

Esta será a continuação da Noticia Anterior que relata a morte de um idoso após queda num Serviço de Urgência.
Deixamos aqui a resposta da nossa Ordem a este trágico acontecimento.
"A Ordem dos Enfermeiros quer acompanhamento permanente dos doentes nas urgências. A Bastonária vai mesmo avançar com uma proposta ao Ministério da saúde para que sejam os enfermeiros a fazer esse acompanhamento." (Fonte: RTP)

Para aceder ao vídeo cliquem no Link ou na Imagem.

Link do Video :http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=321693&tema=37


Queda de Maca causa Morte de idoso

"Vai ser investigada a morte de um idoso no Hospital de Aveiro. O homem caiu de uma maca, foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra por causa dos ferimentos e acabou por morrer dois dias depois. O ministro da Saúde lamenta mas diz que mantém a confiança nos serviços do hospital.

Manuel Silva sofria de problemas na vesícula. Começou com vómitos no sábado à noite e resolveu ir às urgências do Hospital de Estarreja. Como foi necessário fazer diagnósticos complementares foi transferido para Aveiro. Por volta das 3h00 foi atendido.

Três horas depois, sem saber nada do marido, a mulher de Manuel Silva aproveitou a saída do segurança para entrar sem autorização nas urgências. Encontrou o marido prostrado no chão, com um golpe na cabeça e a maca por cima dele.

Foram feitos exames e uma TAC, que não revelaram, de acordo com o hospital, nenhum traumatismo craniano. Como estava em coma profundo, devido a uma hemorragia interna, acabou por ser transportado para os Hospitais de Coimbra. Morreu dois dias depois da queda.

Os familiares da vítima acusam o Hospital de Aveiro de ter abandonado o reformado num corredor das Urgências.

O ministro da Saúde, Correia de Campos, já lamentou a situação e pediu à Inspecção-Geral de Saúde que investigue o incidente.

Em comunicado, a administração do Hospital de Aveiro admite a queda, mas defende que o atendimento foi o adequado. " (Fonte : RTP)

Nota Pessoal: Estas situações ocorrem pois não se contratam, nem se cumprem os Ratios Doente Enfermeiro. Se associarmos esta realidade ao facto de ainda haverem macas nestes serviços sem grades e de se persistir na politica de internar doentes nos corredores das Urgências, temos um factor de risco acrescido.

Para verem o Vídeo cliquem no Link ou na Imagem em Baixo.


Links : http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=321692&tema=37

Deixem os vossos comentários.

22 janeiro 2008

Enfermeiros queixam-se de falta de condições

"Agora são os enfermeiros que se queixam de falta de condições de trabalho nas urgências do Hospital de Faro. Denunciam a escassez de espaço naquele serviço, onde há doentes internados mas em macas espalhadas pelos corredores. Já pediram a intervenção da bastonária e recusam assumir responsabilidades pela qualidade dos cuidados de saúde prestados aos doentes.

O ministro da Saúde desvaloriza a situação que se vive nas urgências do hospital de Faro. Correia de Campos diz que o objectivo do novo hospital central do Algarve será, antes de mais, resolver a grande afluência de doentes que se regista nos períodos de férias.

Para Correia de Campos, o grande problema do hospital de Faro não é a falta de espaço nas urgências, onde doentes com doenças respiratórias e pacientes com patologias graves estão a ser tratados sem o mínimo de condições, mas o problema maior são os turistas no verão.

É assim que o ministro da saúde justifica a construção do novo hospital central do Algarve, desvalorizando por completo o despedimento de um grupo de médicos e enfermeiros que em Novembro afirmaram não ter condições para trabalhar. "(Fonte : TVI)

Os Enfermeiros estão atentos e participam como é seu dever todas as situações em que a qualidade dos cuidados não é possível ser assegurada!Muitos serão os casos em que esta qualidade de cuidados, a prestar aos nossos clientes não existe. Cabe-nos a nós, Profissionais, comunica-las, para que se possa intervir.

Todos temos a perfeita noção que um serviço onde existem demasiados clientes internados, onde as condições para realizar cuidados de Enfermagem não existem levam ao Burnout, levam ao erro.

Citando uma utente de Anadia "Sr. Ministro Correia de Campos, de quem é a Culpa?"Desvalorizar algo ou ignora-lo não resolve o problema. Penso que uma ida a este Serviço de Urgência de Faro e Reunir com as instituições, seus representantes e profissionais será a melhor Politica a tomar.
Digo eu, que também sou Cliente.

20 janeiro 2008

Enfermeiro Ricardo Fica em SEGUNDO Lugar na Operação Triunfo

Confesso que tive Pena! Senti mesmo uma Sensação de Injustiça. O Enfermeiro Ricardo Costa, representou Muito BEM a nossa classe, mas ficou em SEGUNDO Lugar. Quem Ganhou foi a Vânia.
Para quem não o Conhece, deixo uma nota Biográfica e um Vídeo onde poderão ver a sua Óptima Voz e bela prestação. Estou certa de que se na sua Profissão, Enfermagem, continuar a "dar música" desta qualidade aos seus utentes, estes ficarão encantados.
Apesar desta contrariedade, FORÇA e PARABÉNS.

"Ricardo Costa, 21 anos, Alenquer

O Ricardo é enfermeiro e não é porque o sonho da música não seja verdadeiro, mas porque sempre pensou que em primeiro lugar devia ter um curso superior. Agora que o terminou decidiu nem ir procurar emprego para dar espaço a este seu grande sonho. Artigo Continua em : http://otportugal.no.sapo.pt/ricard.htm

VEJAM AQUI O Vídeo da Música "BARCELONA"



A Reportagem da Abertura das Urgências de Gaia

Para verem o Video Cliquem na Imagem! Deixo a Reportagem para quem não viu da Abertura do Serviço de Gaia.


19 janeiro 2008

O Serviço de Urgência de Gaia muda-se Hoje dos Contentores

"O serviço de Urgência Geral do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho muda-se dos contentores para a sua localização inicial, um espaço agora remodelado e ampliado. A partir das 9 horas de amanhã os utentes já serão atendidos no novo espaço. Ainda sem data para mudar estão as urgências pediátricas, que se manterão por mais algum tempo nas instalações provisórias.

Durante um ano as urgências da unidade hospitalar funcionaram em 64 estruturas pré-fabricadas. Além das obras de remodelação do espaço ocupado pelo serviço, que permitem oferecer melhores condições de atendimento e de trabalho, o hospital decidiu avançar com outros projectos.

Um ano depois do início do projecto, mesmo que em instalações provisórias, já é possível fazer um balanço e de acordo com uma fonte hospitalar referir que os resultados são positivos.

O serviço de Urgência Pediátrica manter-se-á em contentores (...)Com o regresso da Urgência Geral ao seu espaço será retomado o circuito inicial."(Fonte JN)

A todos os elementos que estiveram presentes neste processo de mudança e Transição, Obrigado e bom descanso. Mais uma vez atarefado, confesso que espero que o trabalho resulte em bons frutos. Em suma amanha inicio funções nas novas instalações, que ajudei a equipar e organizar, conjuntamente com equipas de Enfermagem , Médicos e Auxiliares deste serviço.

"Em casa nova não se encontram defeitos",
espero que os saibamos ultrapassar quando surgirem, mas sobretudo espero que agora que as condições físicas são melhores que a qualidade dos cuidados possa aumentar.

Aos meus colegas de trabalho e amigos....Obrigado e...o que faltar ou for para mudar, amanha ainda vamos a tempo.

ATÉ AMANHA.

16 janeiro 2008

Ordem dos Enfermeiros LAMENTA Comportamento Comunicação Social

Ao ler este texto fiquei preocupada! Será que é só discriminação e falta de tempo e disponibilidade para nos ouvirem? Mesmo quando os assuntos nos envolvem?

"Lisboa, 14 de Janeiro de 2008 - Reunido hoje em sessão extraordinária, o Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros vem publicamente expressar o seu profundo desagrado pela forma como a organização representativa dos enfermeiros a exercer em Portugal, e por inerência, a própria profissão, tem sido tratada por alguns órgãos de comunicação social.

Foi com espanto que, no debate hoje promovido pela «Antena Aberta», da RDP - Antena 1, dedicado ao desemprego entre enfermeiros, verificámos que a Ordem dos Enfermeiros não teve oportunidade de manifestar a sua opinião, tanto mais que foram veiculadas algumas afirmações que convinha esclarecer junto dos ouvintes do programa.

Não obstante o facto de a Antena 1 nos ter convidado a participar e de o Enf. Jacinto Oliveira, Vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, se ter disponibilizado a prestar declarações, o certo é que o contacto no decurso do programa não chegou a estabelecer-se, sem justificação por parte da Antena 1.

Apesar de o programa logo no seu início referir os rácios avançados já e
m 2006 pela Senhora Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, convinha explicar que esses rácios testemunham a grave carência de enfermeiros nos serviços de saúde, e não o contrário, como foi afirmado por uma participante no programa.

Convinha igualmente afirmar que vivemos actualmente um paradoxo: a população, os profissionais de saúde e até o Ministério (através dos seus estudos) sabem que há falta de enfermeiros, mas os responsáveis políticos não avançam como medidas integradas que possam resolver esta questão, dando resposta aos jovens que todos os anos saem das escolas de Enfermagem e garantindo cuidados de Enfermagem seguros e de qualidade.

Já em Setembro de 2007, por ocasião das cerimónias de vinculação dos jovens à profissão, a Ordem dos Enfermeiros teve oportunidade de denunciar a progressiva dificuldade de empregabilidade dos recém-licenciados em Enfermagem. E este tem sido um tema que a OE tem debatido nos encontros que tem mantido com o poder político. Não basta formar, há que dar estabilidade e condições de trabalho a todos os profissionais, especialmente quando as carências estão perfeitamente identificadas. Só assim se poderá garantir garantir a melhoria dos cuidados a que os cidadãos têm direito.

Aproveitamos ainda para afirmar que no «Prós e Contras» da semana passada, dedicado às urgências e ao rumo da Saúde em Portugal, a produção do programa aceitou a presença da Sra. Bastonária na plateia após contacto da Ordem dos Enfermeiros no sábado, dia 5 de Janeiro. Lamentamos profundamente que quando se cria um programa para debater a saúde, a representante do maior grupo profissional do sector e do único que assegura a permanência nos serviços hospitalares durante as 24 horas diárias, não seja alvo do mesmo tratamento que o Bastonário interino da Ordem dos Médicos.

Por ser importante uma informação séria e profunda, é imprescindínvel que a Ordem dos Enfermeiros esteja presente sempre que a temática da Saúde, em geral, e da Enfermagem, em particular, se aborde.

A Ordem dos Enfermeiros propõe, desde já, que se faça um debate profundo e esclarecedor sobre as necessidades de cuidados de saúde, nomeadamente sobre as necessidades de cuidados de Enfermagem, e do emprego entre os enfermeiros. Estamos desde já disponíveis para participar neste debate. (FONTE : Ordem Enfermeiros)

Para os nossos leitores que tal como nós também se sentem lesados com este tipo de atitudes dos Média, deixamos os contactos da Antena 1. Aguardamos comentários e se possível mails à Antena 1.

15 janeiro 2008

DOIS MÉDICOS DEPÕEM CONTRA ENFERMEIRA

Em 2002 um jovem operado a um quisto no pescoço, no Hospital Egas Moniz, Faleceu. Culpados

Médica e Enfermeira, sendo que ... a primeira ! Bem melhor é ler as noticias e as reacções.

"O QUE DISSERAM EM TRIBUNAL (Fonte: Correio da Manha)

MÉDICA

A anestesista Manuela Veringer nega responsabilidade na morte do jovem e alega não ter conhecimento de que o paciente estaria com falta de ar. Foi ilibada de má prática clínica pela Ordem dos Médicos e Inspecção-Geral da Saúde.

ENFERMEIRA

A enfermeira Madalena Serra, co-arguido na acusação, admite que o paciente chegou agitado à enfermaria e com falta de ar e que os sintomas foram transmitidos à anestesista, Manuela Veringer, contradizendo o depoimento da clínica. "(ver continuação da noticia aqui)

Continuação da Noticia...

"Aqui está um título para uma boa reflexão a executar por aqueles que pensavam esperar alguma solidariedade profissional.

«Não consigo respirar, estou aqui com falta de ar e ninguém faz nada. Estão todos malucos».

“Estas foram literalmente, as últimas palavras de Carlos Mascarenhas, escritas em 28 de Gosto de 2002, numa revista que estava junto à sua cama no hospital de Egas Moniz, onde horas antes tinha sido operado a um quisto no pescoço. A essa operação, aparentemente sem gravidade, seguiram-se 3 horas de agonia, com familiares a assistirem.

Às 21horas do mesmo dia era declarada a morte do jovem de 30 anos, por asfixia. A autópsia revelou “edema da glote”, uma morte que podia ser evitada, se detectado a tempo, o problema…. De fora ficaram os dois médicos que fizeram a operação. E foram estes dois médicos que, ontem, foram testemunhar perante a juíza do 4º juízo.... Mas esclareceu que a responsabilidade do que acontece depois da sala de operações, e passar para o recobro e para a enfermaria, é das enfermeiras. E dos médicos anestesistas.”.

Hoje os Enfermeiros são frequentemente mal informados de que “se os médicos mandarem fazer…” não correm riscos.

Podia ser por hemorragia, dizemos nós, pois os edemas da dita glote/epiglote, costumam ser de evolução mais rápida. E as hemostasias, quando deficientes, vão babando o sangue, para espaços mais ou menos livres, que se vão preenchendo e edemaciando.

A lentidão do fenómeno faz supor mais este do que o da glote.

Não sabemos se lhe foram ministrados corticoides, que, nos edemas da glote, costumam dar resultados benéficos, quase imediatos.

Se o edema fosse do sangue, no pescoço, por hemostasia defeituosa, logo da responsabilidade de quem operou e se põe de fora, seria lenta e inexorável e não resolúvel pela medicação, mas por uma nova cirurgia.

Aqui podia aplicar-se a velha máxima: “ou há moralidade ou comem todos”.

Pode tirar-se, a propósito, uma boa meia dúzia de ilações:

1 – Um enfermeiro prudente deve ter a cortisona no bolso, em dose não inferior a 250mg. para ministrá-la, quando está perante alergias (não seria este caso(?)). Fica pelo menos com a certeza de que fez uma manobra que pode salvar uma vida e previne os tais edemas da glote, regra geral, se forem isso;

2 – Não poupar os responsáveis, pois neste caso, também podiam ser os cirurgiões, pois com a morte, não sabemos se as hemorragias “param” e os edemas não desaparecem, para, para serem vistos nas autópsias;

3 – A lentidão, na evolução do edema, parece ser; mais por compressão do que por reacção. E a ligeireza com que os cirurgiões acusam impressiona, porque as dúvidas quanto à verdadeira causa determinante da morte, nesta cirurgia, são legítimas.

4 – Os enfermeiros têm de escrever com caracteres indeléveis estes exemplos para não caírem em facilidades, tão naturais na suposta camaradagem das equipas com que alguns enchem a boca.

5 – As chamadas de médicos devem ficar sempre registadas, assim como as respostas que são dadas. Isto significa caracterizar o grau de responsabilidade de cada um, para o que der e vier.

6 – Não há recobros simples de cirurgias ditas simples. Todos eles são, supostamente, complicados e devem ser atendidos por um número suficiente de enfermeiros. Com estes pressupostos, as complicações emergentes não nos surpreendem.

Não estamos a pretender desresponsabilizar a colega. Como também não estamos a culpá-la, dadas as dúvidas, que temos, acerca de edemas, quando aplicadas a este caso.

Afinal não são poucos os casos em que os enfermeiros têm competências próprias, que não são delegadas, uma das mais complexas é garantir o êxito nas cirurgias.

Por trás duma grande Equipa de cirurgiões, está sempre uma grande Equipa de Enfermagem.

Meditem nisto, é um convite que se faz aos nossos Colegas leitores assíduos ou esporádicos. "(Fonte SEN)

Deixo agora espaço para os vossos comentários. O que acham de todo este caso?

14 janeiro 2008

Precisamos desta União como cidadãos, como Enfermeiros

O nosso comportamento afecta, quer positiva quer negativamente, a relação que estabelecemos como os outros, quer doentes quer Profissionais.

Seguindo esta linha de pensamento, se desejamos que as pessoas com quem nos relacionamos modifiquem o seu comportamento, temos que agir no sentido de modificarmos, a nós próprios, o nosso comportamento. Precisamos de UNIÃO tal qual o vídeo que aqui deixo.

Se a Enfermagem QUER MUDAR neste século, terá que evoluir para um Ser profissional flexível, motivado, aberto à mudança e permanentemente actualizado na área do saber, saber fazer e, com grande ênfase, para o saber ser.



Considero que Enfermagem Necessita deste tipo de Comportamentos, que Unam a Classe, tal qual estes toureiros (confesso que detesto este "desporto"), mas os seus Actos perante a adversidade reflectem aquele Sentimento de Honra e de pertença que parece estar esquecido.
  • Quantas vezes presenciamos criticas nas costas dos colegas, por colegas...?
  • Quantas vezes não se ensina o colega ou nos disponibilizamos para ajudar só porque queremos ter só nós as Competências? (...)
Termino dizendo que é o juízo da Imagem que o indivíduo faz de si como Cidadão e Profissional, que o liga a determinados sentimentos de Vergonha ou de Orgulho, que poderão ser facilitadores ou inibidores de determinado comportamento. Poderemos nós igualar este exemplo do vídeo e encarmos juntos os desafios que nos surgiram? Boa Semana deTrabalho.

Ps:Tentarei escrever com mais frequência, mas o tempo é escasso e o Cansaço muito.

13 janeiro 2008

Videos On-line- Uma Ajuda para alunos de Saúde, Escolas e Profissionais.

Que Boa novidade. A Saúde evolui com projectos inovadores e Saúdaveis assim deixamos aqui neste blog um convite para que todos os nossos leitores visitem o Fórum de Enfermagem onde podem VER uma nova categoria. Vídeos sobre a actualidade Nacional, Internacional de Enfermagem e ainda uma Categoria sobre Procedimentos Técnicos.

Assim este Site , bem como outros blogs tornam-se cada vez mais uma referência na Saúde, sendo possível verificar com satisfação que já aparecem como referências Bibliográficas. Parabéns ao SITE. Aconselhamos Alunos, Profissionais e Escolas de Saúde a Visitarem-no.
Sendo que Ao nível da Formação Em Saúde estes Vídeos podem e devem ser visualizados em algumas aulas, porque não?
Vídeos sobre Procedimentos Técnicos- Para verem mais cliquem aqui



Forumenfermagem.org

12 janeiro 2008

Urgências Sobrelotadas

"As urgências do hospital de Cascais estão sobrelotadas. Nos últimos dias tem sido grande a afluência de doentes o que tem criado dificuldades ao pessoal médico e auxiliar. Só no serviço de observação estavam ontem cerca de 50 doentes quando a capacidade é para apenas sete.
No exterior das urgências do hospital não se viveu um dos dias mais complicados mas no interior era bem diferente. Ao início da tarde de ontem a situação era de tal forma grave que já não havia macas disponíveis e os doentes que chegavam de ambulância ou ficavam nas macas dos bombeiros ou estes tinham de esperar pela maca.
Uma situação que está a criar dificuldades ao pessoal médico e auxiliar que tem de se desdobrar para conseguir atender todos os doentes."(FONTE : TVI)

A pergunta que os media deveriam estar a fazer é se isto só se passa neste Hospital?
Teremos uma população conformista onde parece normal "mudar algalias no corredor" . Proceder a Higienes no Corredor sem privacidade, bem como prestar outros actos de Enfermagem e Médicos parecem sair de um retrato que descreva algo de um 3º Mundo, não Portugal?
Lanço o desafio aos colegas, escrevam neste blog, comuniquem as realidades dos vossos Hospitais e Centros de Saúde, denunciem ou comuniquem estas situações à nossa Ordem e às chefias (ver REPE)!Os tempos de Triagem estão a ser cumpridos ? Teremos outros obitos por falta de assistencia no tempo e local devido? Os Centros de Saúde estarão a ser apoiados em recursos materiais e de pessoal?

'Prós e Contras'

Para os que não tiveram a oportunidade de assistir à intervenção da nossa bastonária fica aqui o link: http://www.ordemenfermeiros.pt/index.php?page=44&highlight=396
PODEM VER O VIDEO EM BAIXO:

Forumenfermagem.org

10 janeiro 2008

Alunos de Enfermagem Vs Supervisão Clinica

No meu local de trabalho senti uma lacuna na supervisão de alunos, pelo que considerei necessário investir e saber mais, em suma adquirir novas competências. Criou-se um Grupo de Trabalho!

Findado o curso, percorro a memória, vasculho os apontamentos e textos fornecidos e chego à conclusão que o caminho apenas se inicia. O trabalho leva a formação e o contrário também se torna verdade. Assim o que posso dizer sobre o conteúdo assimilado?

Enfermagem assume cada vez mais um papel primordial em todos os domínios da assistência ao indivíduo tanto num contexto hospitalar como num contexto domiciliário. Exige-se hoje do profissional não só o saber, saber fazer e saber ser enfermeiro, como também saber transformar-se, no sentido de acompanhar a permanente evolução que se observa, bem como saber- pensar enfermagem.

Partindo da afirmação anterior questionei-me; de que forma poderemos aproveitar a formação e os modelos apreendidos no curso de Licenciatura e aplica-los à formação de pessoas e de futuros Enfermeiros?

O supervisor clínico deve auxiliar o aluno a construir o seu conhecimento, actuando enquanto “modelador de mentes e actuando na ponte entre a teoria e a prática, tendo em conta que este percurso deverá ser trilhado passando sempre na casa dos Porquês?

O aluno de enfermagem enquanto possuidor de conhecimentos teóricos e práticos vê-se assim envolvido num processo formativo complexo, que tem como finalidade o seu crescimento enquanto aluno e enquanto pessoa.

Citando Zheichnner, 1993 “Não é a prática que ensina… é a reflexão sobre a prática”. Nesta linha de pensamento e afirmando que Enfermagem tem um corpo de conhecimentos (saberes) próprios que permitem a aquisição de uma base de sustentação sólida, que oriente a prática e a formação, considero que deverá caber ao Supervisor Clínico no contexto da prática clínica, o papel de auxiliar o aluno a descobrir a sua identidade.

Em suma ao aluno exige-se que queira aprender (principio da auto-implicação do aprendente) e ao supervisor que promova a aprendizagem e prática reflexiva, no entanto a existência de diferenças entre personalidades e experiências podem conduzir a erros na avaliação e no processo formativo.

“Comunicar é saber calar e dar voz aos silêncios” (Sérgio Soares, 2000), uma vez que se desejamos que as pessoas com quem nos relacionamos modifiquem o seu comportamento, temos que agir no sentido de modificarmos, nós próprios, o nosso comportamento.

Como aluno deste curso de em Supervisão Clínica aprendi que não é fácil avaliar, uma vez que a todo este processo temos inerente uma recolha sistemática de informação, sobre a qual se formula um juízo que facilite a recolha de informação.


A tarefa não é fácil! Recomendo esta Formação e já tenho saudades deste grupo de trabalho que se criou. Conforme prometido deixo a imagem do ultimo dia.


BILBIOGRAFIA

>BACH, Richard- Mensagens para sempre. Cascais: Arte Plural edições, 2001, pág. 85, pág. 15
>CARVALHO; Maria Manuela – A Enfermagem e o Humanismo, Lusociências Editores, 1996, pág. 25
>FR. BERNARDO, O P. – Humanizar-se para cuidar, pág. 59-.62
>HENDERSON, V.. Basic PrincipIes of Nursing Care. New York: Internacional Council of Nurses, 1969. 51 p.
>PINTO, Vítor Feytor – Humanização e qualidade de vida. Servir. Lisboa: vol. n.º 44, n.º 1 (1996), Pág. 14
>SERRÃO, Daniel- A pessoa humana, fundamento da qualidade global. Acção Médica, Porto: n.º 2 ( Junho 1994), pág. 5
>WATSON, Jean Enfermagem: ciência humana e cuidar, uma teoria de Enfermagem.Lusociências, 2002, p. 55

09 janeiro 2008

Conclusões da reunião com o Conselho de Administração e Enfermeiros do Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro

"Lisboa, 7 de Janeiro de 2008 – A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enf.ª Maria Augusta Sousa, reuniu esta tarde com membros do Conselho de Administração do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, onde na semana passada faleceu uma idosa quatro horas depois de ter dado entrada nas urgências daquela unidade de saúde.

No encontro em Aveiro ficou bem patente que no lamentável acontecimento da semana passada não esteve em causa a triagem efectuada pelos Enfermeiros do Serviço de Urgência, mas sim o atendimento pós-triagem. Daí que o Conselho de Administração tenha optado por reforçar as equipas médicas e reorganizar o trabalho da equipa médica, para que efectivamente os casos triados com a cor amarela sejam observados no espaço de 60 minutos.

Estando a decorrer o processo de averiguações, as responsabilidades dos profissionais estão a ser apuradas. A Ordem dos Enfermeiros reafirma que está atenta a este processo e que agirá em conformidade com as suas competências, caso isso se justifique, como sempre tem acontecido.

Considerando os dados recolhidos em Aveiro e noutros locais do país, a Ordem dos Enfermeiros defende que o modelo de organização dos Serviços de Urgência tem de ser adequadamente repensado para garantir a segurança e qualidade dos cuidados a que os cidadãos têm direito.

Pensamos, igualmente, que se as reformas em curso estivessem interligadas, nomeadamente a reforma dos Cuidados de Saúde Primários e a implementação da Rede de Cuidados Continuados, provavelmente os problemas que afectam muitos serviços de urgência poderiam ser menores.

Mais: tendo em atenção a presente altura do ano, as unidades de saúde deveriam repensar a constituição das equipas, para que as situações de ruptura pudessem ser evitadas.

No encontro com os enfermeiros que exercem no Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro, a Ordem dos Enfermeiros tomou conhecimento da sobrecarga de trabalho existente naquele serviço, nomeadamente com a presença de muitos doentes idosos que, pelos seus elevados níveis de dependência e situações clínicas, requerem grande intensidade de cuidados. A isto acresce a falta de camas disponíveis nos serviços de internamento, o que faz com que, tal como a Ordem dos Enfermeiros pôde verificar hoje, 20 doentes com indicação para serem internados tiveram de se manter no Serviços de Urgências por falta de camas nas enfermarias.

A Ordem dos Enfermeiros crê que este problema também possa estar directamente relacionado com a ausência de camas de convalescença da Rede de Cuidados Continuados no distrito de Aveiro, bem como pelo facto de as camas de média e longa duração da mesma rede estarem indisponíveis para novos doentes. (Fonte : Ordem Enfermeiros)

Podem consultar as noticias que saíram nos jornais. Cliquem na imagem à esquerda.
Peço aos colegas que denunciem situações como estas de sobrecarga de trabalho e onde os cuidados a doentes com qualidade estão comprometidos.
Enviem um Mail da Ordem: mail@ordemenfermeiros.pt
Por fim , deixem o vosso comentário, o que acharam destas conclusões.

07 janeiro 2008

BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS no Hospital de Aveiro

Bastonária da Ordem dos Enfermeiros reúne hoje com Conselho de Administração e Com Enfermeiros do Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro

Lisboa, 7 de Janeiro de 2008 – A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enf.ª Maria Augusta Sousa, vai reunir, ao início da tarde de hoje, com membros do Conselho de Administração do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, onde na semana passada faleceu uma idosa quatro horas depois de ter dado entrada nas urgências daquela unidade de saúde. Seguir-se-á um encontro com os enfermeiros que trabalham no Serviço de Urgência.

A responsável máxima da Ordem dos Enfermeiros está disponível para prestar declarações à Comunicação Social, pelas 16 Horas, à porta das Urgências do Hospital de Aveiro.

Triagem de Manchester a Resposta da Ordem dos Enfermeiros

"Lisboa, 6 de Janeiro de 2008 - (...)Vimos afirmar que este lamentável acontecimento se traduz num sintoma claro de que as condições de atendimento no Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro - tal como em muitas outras instituições de saúde do país - não estão suficientemente asseguradas no que diz respeito à qualidade de resposta a que os cidadãos têm direito.

Em causa estão vários factores, nomeadamente organizacionais, os quais devem ser, neste caso específico, acautelados pela direcção do Serviço de Urgência e pelo Conselho de Administração do Hospital de Aveiro.

Todavia, queremos aqui expressar a nossa convicção no esforço permanente de todos os profissionais de saúde que trabalham nas urgências que, mesmo em situações limites, com recursos por vezes escassos e em espaços exíguos, respondem com empenho e dedicação para que os cuidados de saúde sejam garantidos no tempo possível de salvar as vidas passíveis de serem salvas.

Dos dados que pudemos reunir, a triagem efectuada por um enfermeiro à Sr.ª Albertina Fernandes Mendes foi a correcta: foi atribuída a cor amarela, a qual corresponde a uma situação urgente que deve ser atendida, observada e tomada a decisão médica sobre o seguimento a dar no espaço de uma hora. E para nós, Ordem dos Enfermeiros, o atendimento atempado teria feito toda a diferença.

Enquanto instituição que tem por missão zelar pela qualidade dos cuidados de Enfermagem prestados à população e regular o exercício profissional, a Ordem dos Enfermeiros está a acompanhar a situação vivida no Hospital de Aveiro, recolherá o máximo de elementos que permitam, sobretudo, evidenciar quais as lacunas existentes que devem de ser colmatadas.

Congratulamo-nos, desde já, com a decisão do Conselho de Administração daquela unidade de deixar claro que, a partir de segunda-feira, 7 de Janeiro, todos os doentes com indicação urgente (amarelo) decorrente da triagem têm obrigatoriamente de obter a decisão médica no tempo máximo previsto, afectando para tal os médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar (vulgo Clínica Geral).

Consideramos que, tal como a própria Direcção Clínica do hospital veio recentemente reconhecer, não faz qualquer sentido que os utentes triados com as cores verde e azul (menos graves) sejam atendidos primeiro do que os utentes triados com a cor amarela, apenas porque os especialistas hospitalares existem em menor número naquele Serviço de Urgência, comparativamente com os médicos de Clínica Geral (que atendem os casos «verdes» e «azuis»).

Para a Ordem dos Enfermeiros, o importante é que as situações a que se atribui a cor amarela sejam consultadas por um médico no espaço de uma hora. Se o atendimento for efectuado por um médico de Clínica Geral, estamos certos que o mesmo saberá qual a melhor resposta a dar, ou seja, se deve ou não encaminhar o doente para um especialista hospitalar.

(...)Voltamos a reforçar a nossa convicção de que as respostas de proximidade que deveriam compensar o encerramento de outros serviços continuam a não ser claras, quer para as populações, quer para muitos profissionais de saúde. Mais: a ausência de envolvimento das organizações profissionais, nomeadamente das Ordens, na concretização deste processo, faz exacerbar comportamentos corporativos que em nada servem a melhoria dos cuidados de saúde.

Por outro lado, ao encerrar serviços de urgência e SAP sem a adequada operacionalização de alternativas e numa altura do ano em que é evidente a procura de cuidados de saúde por situações agudas - e, por isso, são frequentes picos de afluência nos serviços de urgência -, o Senhor Ministro da Saúde está a contribuir para que o sentimento de insegurança dos cidadãos aumente e a insatisfação dos profissionais se faça sentir.

É neste quadro que se entende a responsabilidade política que só ao Ministro pertence. Não foi acautelada a sincronização de todas as medidas / reformas em curso, podendo, deste modo, comprometer-se os próprios objectivos de melhoria global do sistema de saúde. " (Fonte : Site da Ordem dos Enfermeiros)

Deixamos a resposta para que possam comentar.

06 janeiro 2008

Para onde vai a saúde?

O titulo do próximo programa o anuncia e a minha pergunta é mesmo esta . Para onde vai a nossa Saúde. Ao ler e ver o anuncio do programa Pós e Contra fiquei mais uma vez atónito ao verificar que mais uma vez no que consta à Saúde, os restantes grupos profissionais que a integram não serão ouvidos!Em suma serão ouvidos só os Médicos e a População.

Não seria melhor formar uma mesa de debate com os várias Profissões que diariamente estão no terreno, pois estes sabem os problemas que surgem e constituem a equipa fixa no Serviço de Urgência. Nas Urgências este Grupo são os Enfermeiros.

Se isto fosse um trabalho de investigação não seria muito difícil de provar que seria alvo de erros nas conclusões do trabalho. É certo que a Saúde necessita de vários Profissionais para que funcione. Seguindo esta linha de pensamento como é possível que ENFERMEIROS, FARMACEUTICOS, representantes das novas unidades de Saúde Familiares (enfermeiros e médicos) não sejam ouvidos.

Porque trabalho numa Urgência e sei que o mau funcionamento destas não se cinge somente ao trabalhar no mundo confuso da urgência. Temos que analisar a ACESSIBILIDADE, que "se calhar" está posta em causa.

Somos Enfermeiros, aliás somos o maior grupo Profissional a trabalhar na área da Saúde. Espero que tenham enviado um convite às nossas entidades que nos representam- Ordem e Sindicatos.

Deixamos o texto que anuncia o programa :
"Para onde vai a saúde?
O presidente foi claro na mensagem de Ano Novo!O país não entende as vantagens das reformas na saúde!Falta perceber o sentido do encerramento de urgências e serviços de atendimento permanente!Em resposta, os cidadãos mobilizam-se e constituem o Movimento Unidos pela Saúde!Qual vai ser o futuro da área mais sensível da sociedade portuguesa?Para onde vai a Saúde?O ministro Correia de Campos, autarcas, médicos e populações frente-a-frente no maior debate da televisão portuguesa." (Fonte deste texto : RTP)

05 janeiro 2008

Triagem de Manchester- a Directora Pede Desculpa aos Enfermeiros!

"No dia em que a mulher de 85 anos, residente em Albergaria, morreu na Urgência do Hospital de Aveiro enquanto esperava por um médico, os casos menos graves estavam a ser tratados primeiro que outros mais graves. Muitos doentes referenciados na triagem (feita por enfermeiros) com a cor verde e azul (menos urgentes) foram observados por um médico primeiro que os amarelos. A informação foi confirmada ao JN pela directora clínica do Hospital de Aveiro, Lurdes Sá.

Este desvirtuar do Sistema de Manchester deve-se ao facto dos "doentes amarelos" aguardarem por um especialista, enquanto os "verdes e azuis" são vistos por clínicos gerais. Como há mais clínicos gerais que especialistas...Lurdes Sá admite que este quadro é "errado" e que o mesmo se verificou em outros dias e não apenas na passada quarta-feira, dia em que Albertina Mendes chegou à Urgência às 13.45, foi triada (cor amarela) às 14.01 e encontrada morta pelas 17.45, numa maca, sem ter sido visto por um médico.

Segundo "Manchester", deveria ter sido vista em 60 minutos. Albertina ainda não tinha sido observada por um médico quatro horas depois. Como o serviço "não funcionou correctamente", como reconhece Lurdes Sá, o hospital instaurou um inquérito interno para apurar responsabilidades e pode vir a responder judicialmente se a família da idosa avançar para Tribunal."

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Norte, José Azevedo, não acredita que os enfermeiros possam vir a ser responsabilizados, culpando a "má organização do serviço pela demora no atendimento médico".Para inverter o quadro, a Administração do Hospital aprovou ontem uma alteração na Urgência. Depois da triagem dos enfermeiros, haverá, a partir de 2ª feira, uma segunda análise, feita já por médicos clínicos gerais, que observarão os casos "amarelos" e só depois destes os verdes e azuis. Os casos mais graves (vermelho e laranja) continuarão a ser vistos de imediato. Para continuar a ler o artigo clique aqui (Fonte : JN)

Esta Directora que pecou pelas afirmações pouco iluminadas iniciais, nas quais poderíamos ser iludidos a Pensar que a Culpa seria dos Enfermeiros. No entanto, fiquei aliviado por ler e reler este artigo. Esperemos desenvolvimentos deste caso.

"Problemas" nas Eleições Ordem Médicos

Nunes acusa ministro de apoiar Leão

A dez dias da segunda volta das eleições para bastonário da Ordem dos Médicos (OM) desataram-se as línguas Pedro Nunes, recandidato ao cargo, acusa Miguel Leão, vencedor da 1ª volta, de ser "o candidato do ministro da Saúde" e aproveita para mandar recados a Correia de Campos. E Miguel Leão convocou a Imprensa para denunciar irregularidades no processo eleitoral. Irregularidades essas que o Conselho Regional do Norte (onde venceu a lista apoiada por este médico portuense) explicitara pouco antes.

Recorde-se que Pedro Nunes delegou funções de representação no presidente reeleito da secção regional do Centro, José Manuel Silva, até à segunda volta. Os ataques do ministro ao bastonário em exercício fizeram estalar o verniz. Além de dizer não reconhecer representatividade nem legalidade a José Manuel Silva, Correia de Campos classificou-o de "incendiário" por criticar agora o encerramento de urgências. Em resposta, Pedro Nunes aponta o "autismo" do governante por não ter ouvido a OM sobre as suas políticas. E acusa-o de apoiar Miguel Leão.
(Fonte: JN)
Como terminarão estas acusações?

03 janeiro 2008

Hospital Aveiro- morte Idosa- Ataque à triagem de Manchester

"O Hospital de Aveiro abriu um inquérito interno à morte de uma idosa, terça-feira, na urgência daquela unidade, disse hoje à Lusa a directora clínica, admitindo que não lhe foram prestados os cuidados devidos.

A doente, de 85 anos, deu entrada no Hospital de Aveiro às 14:00 de terça-feira, recebeu no processo de triagem a pulseira amarela, correspondente a uma urgência intermédia, que prevê que o atendimento seja feito no espaço de uma hora, mas viria a falecer às 17:45 depois de ter entrado em paragem cardio-respiratória, explicou a directora clínica.

Maria de Lurdes Sá (directora) reconheceu que o prazo para o atendimento foi "largamente ultrapassado", atingindo quase as quatro horas e considerou que, perante o desfecho do caso, "seria talvez de atribuir uma pulseira vermelha". (FONTE : RTP)

Estas declarações são muito Perigosas, pois fazem crer que a culpa deste Morte seria da Triagem de Manchester! Ora este sistema de triagem de Manchester, já em vigor em vários Hospitais do País, está acreditado pelo Ministério da Saúde, Ordem dos Médicos e ordem dos Enfermeiros.
Utiliza um protocolo clínico que permite classificar a gravidade da situação de cada doente que recorre ao Serviço de Urgência.Existem 5 cores:
Vermelho (atendimento imediato),
Laranja ( 10 minutos até a primeira observação Médica)
Amarelo ( 1 HORA até a primeira observação Médica)
Verde (2 HORAS até a primeira observação Médica )
Azul, ( 4 HORAS até a primeira observação Médica)
Cada cor representa um grau de gravidade e o tempo ideal em que o doente deverá ser atendido. Nesta linha de pensamento só consigo compreender as afirmações da Directora Maria de Lurdes Sá : "...seria talvez de atribuir uma pulseira vermelha". como no mínimo de CONFUSAS!
O Maior erro ocorre sim,no não cumprimento dos prazos de atendimento, sendo que neste campo poderemos extrapolar as diversas causas. Será pois necessário Reflectir sobre o que causou o não cumprimento dos tempos de atendimento, pois só assim se evolui! Se os ENFERMEIROS que Triam dessem a todos os Enfermeiros vermelho, não seria uma triagem. Esta obedece a critérios.
Deixo ainda uma entrevista do Nosso Ministro da Saúde, para verem a noticia cliquem na imagem.
Desculpem o desabafo mas não gostei de ler e ouvir que a culpa deste óbito seria da Triagem! Volto a afirmar e acho que é necessário não Confundir, o tempo de atendimento é que não foi Cumprido!