29 fevereiro 2008

Fim das Acumulações na Saúde

"Luís Filipe Menezes defendeu ontem que os médicos não devem poder acumular o exercício na medicina no sector público e no privado. “Esta é uma linha de rumo absolutamente assumida, a separação progressiva da medicina pública e da medicina privada, para que se possa evoluir para uma lógica de livre escolha por parte dos utentes”, referiu. (Fonte: Correio Manha)

Esquecendo-se por completo dos restantes grupos profissionais ( como os Enfermeiros, por exemplo) o Líder do PSD defende que as acumulações devem terminar... Estranho pensei, pois tinha a Noção na parte médica já existiam alguns contratos que previam esta ideia por ele defendida! Chamam-se EXCLUSIVIDADE! O grande problema e certamente Luís Filipe Menezes sabe-o muito bem é que a Exclusividade só funcionou no plano remuneratório, pois muitas vezes estes profissionais acumulavam na mesma no sector privado e apesar do contracto assinado.

Falando a nível pessoal, até concordo que haja esta necessidade de separar as águas para que os interesses públicos não se confundam com o Privados. Esta necessidade logicamente deverá e terá que ser paga. Isto porque actualmente muitas Clínicas funcionam com Profissionais Experientes e que se formaram ou ganharam Experiência no Sector Publico, a experiência paga-se!

Analisando ainda mais o discurso do Sr. Luís Filipe Menezes, fico algo incomodado com a ideia da "lógica de livre escolha por parte dos utentes". Afinal não temos SNS, ou então isto será o anunciar de um Fim programado, apesar de a maior parte da população não ter capacidade financeira para pagar no e para o Sector Privado.

28 fevereiro 2008

Enfermagem e o Desemprego...

Muitos são os Ecos que se fazem sentir sobre a nossa Profissão. Ouvimos constantemente que existe desemprego! Ora se esta realidade é inegável, sobretudo na nossa região o Porto, então qual o caminho a seguir?

Aqui já falamos do
Modelo de Desenvolvimento Profissional este será sem dúvida uma mais valia na defesa da profissão, dos cuidados e da qualidade bem como da quantidade! Mesmo para as Escolas de Enfermagem esta forma de pensar e actuar será uma mais valia, pois a qualidade formativa agora também será regulada pela empregabilidade dos seus alunos!

Estranhamos contudo que a saída de todas estas noticias sobre o excedente de Enfermeiros, saia e sejam dada importância nos Media, numa altura em que se discute a nova Carreira!!!! Não teremos outros assuntos também dignos de serem noticia! Existem actualmente Enfermeiros a fazerem Horas extras ao seu trabalho normal... isso para mim é noticia, sobretudo após este Cenário de desemprego.

Deixamos a noticia. Para lerem na integra cliquem na imagem! Deixem os vossos comentários!

27 fevereiro 2008

Luto pela Educação e Saúde

"Passem já a palavra!!! Estamos de Luto pela Educação e Saúde" .

"Se és Enfermeiro, Professor, Educador ou ou te identificas com a causa defendida por estas classes de trabalhadores:
1. Coloca uma bandeira preta na janela da tua casa (pode ser pano de forro preto, leve para voar e sinalizar, ou como este laço), como sinal de solidariedade e de união."

2. Passa a palavra por msg, sms, jornais locais ou até nacionais e também na blogosfera.
Perante o actual calendário de discussão politica sobre as novas carreiras, fica aqui a nossa nota de protesto, perante anos de injustiça e de discriminação Remuneratoria e de Carreira!
Porque muitos são os desafios que os Enfermeiros acreditam poder auxiliar a transpor ...

No entanto só se consegue motivar grupos profissionais envolvendo-os na discussão e sobretudo Valorizando-os.
Para tal a sua Formação e seus Conhecimentos terão que ser respeitados e estimulados, devendo ser mesmo rentabilizados e para que tal aconteça temos que sair do Paradigma em que Só há investimento Formativo deste profissionais. Esclarecendo e reportando-me à minha classe profissional.

A formação que os Serviços exigem, que o Estado Beneficia e estimula terá que ser paga. Isto é uma simples Lei do Mercado. Se Necessita de profissionais especializados terá que investir na sua Formação e diferencia-los!

Ministra quer maior comunicação com os Profissionais de Saúde

Ao ler o titulo pensei, bem é desta que teremos todos os grupos profissionais envolvidos na discussão dos problemas reais da população e dos profissionais. Puro erro, o discurso mantém-se, bem como o aparente autismo!

"A ministra da Saúde, Ana Jorge, defendeu esta terça-feira que os profissionais de saúde devem envolver-se nas reformas do sector e alertou para a necessidade de reter no Serviço Nacional de Saúde (SNS) “os melhores entre os melhores”.

A governante considerou que os médicos são “uma peça fundamental” para o processo de reformas que está ser desenvolvido, nomeadamente na rede hospitalar."
( Fonte : Correio da Manha)

Isto quer dizer algo numa altura em que se negoceiam as carreiras, não ?

23 fevereiro 2008

O Novo Centro de Saúde

A abertura de um gabinete de cidadão e a criação de um conselho da comunidade nos novos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) foram hoje oficializadas em decreto-lei publicado em Diário da República. Os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) têm por objectivo garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população e irão cobrir entre 50 a 200 mil habitantes de uma área.

Deixo a noticia e levanto as questões de que forma estas novas Unidades vão articular com os Hospitais de Referência? Como irão ser mobilizados os Enfermeiros e outros profissionais para que cumpram as finalidades que estas unidades se Propõem? Como irão ser avaliadas e qual o seu Organograma.

Dezoito subregiões de saúde extintas

A criação de um máximo de 74 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) pressupõe a extinção das 18 subregiões de saúde, um nível intermédio entre os centros de saúde e as Administrações Regionais de Saúde (ARS).

Os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) vão integrar:
*Unidades de Saúde Familiar (USF),
*Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP),
*Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC),
*Unidades de Saúde Pública (USP);
*Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP).

"As Unidades de Saúde Pública elaboram planos (USP)
As Unidades de Saúde Pública, que incluem médicos de saúde pública, enfermeiros de saúde pública ou comunitária, técnicos de saúde ambiental e outros profissionais especialistas, funcionam como observatório, competindo-lhe, por exemplo, proceder à vigilância epidemiológica e elaborar informação e planos em áreas da saúde pública.

As Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) prestam serv
iços de consultadoria e assistência a outras unidades e organizam ligações aos serviços hospitalares, integrando médicos especialistas, desde que não de medicina geral e familiar e saúde pública, bem como assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, técnicos de saúde oral e outros profissionais que não pertençam a outras unidades.

O diploma refere que os centros de saúde devem funcionar entre as 08h00 e as 20h00 nos dias úteis, podendo este horário ser alargado até às 24h00 nos dias úteis e eventualmente aos fins-de-semana e feriados, consoante as necessidades da população abrangida.

A gestão dos Agrupamentos de Centros de Saúde desenvolve-se através de contratos-programa, enquanto os seus objectivos são definidos através de acordos celebrados entre o director executivo do ACES e o conselho directivo das ARS."
( Texto baseado na Fonte : Publico)

Podem comentar...

21 fevereiro 2008

E quem trata de Nós, ENFERMEIROS?!

Chegou-nos ao E-mail esta Petição, que resolvemos assinar e divulgar. Esta situação merece um momento de reflexão sobretudo aos Sindicatos, numa altura em que se debate Vínculos e Carreiras. Porque acreditamos que este tipo de acções pode ter impacto deixamos o texto e o Link para que também possam assinar.

Neste momento a administração do CHLO (Centro Hospital de Lisboa Ocidental) que agrupa o Hospital de Santa Cruz, o Hospital Egas Moniz e o Hospital de S. Francisco Xavier, decidiu deixar de pagar as horas de qualidade como tem feito até agora, para passar a pagar segundo a lei do código de trabalho, isto é, em vez de sermos remunerados a 50% e 100% nas noites, fins de semana e feriados, somos apenas pagos a 25% a qualquer noite a partir das 22h até as 07h.

E quando digo deixaram de nos pagar é apenas aos enfermeiros contratados, pois os enfermeiros da função publica continuam a ser pagos a 50% e a 100%. Em termos práticos perdemos cerca de 150€ a 200€ por mês.

Após reuniões com o sindicato o conselho de administração do CHLO decidiu atribuir um subsídio de turno de 71€ de "natureza provisória". *sem palavras* Produzimos o mesmo, trabalhamos as mesmas horas e recebemos menos? Assim em poucas palavras quis expor lhe mais uma atrocidade!

Esta medida já é aplicada em muitos outros locais. O grave disto, é que para além de promover a desigualdade de direitos entre os contratados e funcionários públicos, vem menosprezar o desgaste que nós enfermeiros estamos sujeitos ao trabalho por turnos, para além das complicações familiares que por vezes acarreta.

Assim não vale a pena trabalhar por turnos. Ninguém reconhece o nosso trabalho e o quão difícil é trabalhar à noite, Sábados, Domingos e feriados. O nosso ritmo circadiano fica todo alterado e nem monetariamente agora é recompensado esse desgaste.

Por favor façam chegar esta informação ao maior numero de enfermeiros possível e juntos vamos tentar lutar contra esta situação!!!!!
Muito obrigada! " (Fonte : http://www.petitiononline.com/ifchlo/ )

20 fevereiro 2008

Violência contra os Profissionais de Saúde

Vila Flor: enfermeira de centro de saúde agredida

"Uma enfermeira e uma auxiliar que se encontravam de serviço sozinhas no centro de saúde de Vila Flor foram agredidas e tiveram de fugir das instalações para pedir auxílio à GNR, confirmou o director da unidade de Saúde.

Marcelino Silva contou à Lusa que «o autor das agressões é um indivíduo que já entrou alterado nos serviços» com a companheira, uma mulher que disse estar grávida e que procurava cuidados no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) local.

De acordo com o relato feito ao director, a enfermeira e a auxiliar fugiram pelas traseiras do edifício e deslocaram-se em viatura própria ao posto da GNR a pedir ajuda. Quando a patrulha da guarda chegou ao centro de saúde, tanto o alegado agressor como a utente ainda se encontravam no local.

O episódio começou por volta das 02:00 e prolongou-se até as 05:00, segundo o director. A mulher acabou por ser transferida para Bragança, depois de observada no local.

A GNR identificou o indivíduo. A fonte disse, no entanto, que ainda não foi formalizada queixa por parte das lesadas." (Fonte: Portugal Digital )

Apesar de estatisticamente os profissionais de saúde serem alvo de violência, o discurso político em nada muda. Se acrescentarmos a este dado o facto de estes Profissionais serem, os mais susceptíveis de contraírem doenças profissionais derivadas da sua actividade profissional, teríamos que falar de medidas de apoio monetárias bem como organizacionais.

18 fevereiro 2008

USF: Enfermeiros contra desigualdade de incentivos

As USFs surgiram como Pilar da nova Reforma dos Cuidados de Saúde. As desigualdades e problemas surgem. Os primeiro ecos para que se corrijam "pormenores" remuneratorios, aparecem tendo como protagonistas os elementos que em baixo refiro.

Ao discriminar a nível remuneratório de forma tão desigual irá sem duvida inquinar o ambiente criado. com os vencimentos dos funcionários, que agora trabalham mais e, na maior parte das vezes, recebem menos. Um novo modelo de funcionamento – o modelo B das USF – permitirá "corrigir estas disfunções",uma vez que os profissionais ( médicos, enfermeiros, administrativos, etc.) não são ainda contemplados com acréscimo de vencimento adaptado à produtividade.

De facto é necessário que se invistam nos Cuidados de Saúde Primários, mas para que tal aconteça é necessário fornecer/equipa-los com recursos materiais e manter o ambiente criado que se pretendia de união das USFs.

Ecos de Insatisfação.

"Pilar Vicente, da Federação Nacional de Médicos (FNAM), referiu que os incentivos previstos pelo Governo para as USF nunca foram aplicados na prática e continuam a «não ser dados os dinheiros, os meios e o pessoal» tal como legislado, num comentário à proposta de portaria do Ministério da Saúde sobre incentivos às Unidades de Saúde Familiar (USF).

A Ordem dos Enfermeiros (OE) manifestou, por seu lado, o descontentamento sobre as diferenças de remunerações entre as classes de profissionais e a dependência do pagamento dos incentivos a enfermeiros e administrativos das acções praticadas pelos médicos.

Jacinto Oliveira, um dos vice-presidentes da OE, lembrou que sempre foi defendido o regime de remuneração especial igual para todos os profissionais de saúde.

«A portaria faz depender os incentivos dos enfermeiros dos resultados da equipa multi-profissional e os resultados institucionais dependem fortemente da actividade médica», sublinhou o dirigente, caracterizando o texto como «perfeitamente inaceitável».

«É muito grave se não for alterado. Esta é uma medida que visa motivar, mas nunca se pode premiar um trabalhador fazendo-o depender de outrem», concluiu." (Fonte Diário Digital)

Podem comentar.

16 fevereiro 2008

Enfermeiro Jorge Marques

Um herói muito relutante

José Ramos Horta foi ferido a tiro esta segunda-feira, na sua residência em Dilí, num ataque em que morreu o major Alfredo Reinado, e menos de uma hora depois, Xanana Gusmão escapou ileso a uma emboscada quando se dirigia da sua residência para a capital.Um dos primeiros a assiti-li foi o Enfermeiro Jorge Marques.

Depois de operado no hospital militar australiano, em Dilí, Ramos Horta foi transferido para o Royal Hospital de Darwin, que segundo refere a agencia Lusa o presidente timorense deverá recuperar plenamente.

"Apesar do choque causado pela realidade dos campos, não esperava encontrar uma situação muito diferente. "Já tinha alguma informação, de pessoas dos bombeiros que tinham cá estado." Mas confessa nunca ter esperado algo como aquilo em que esteve envolvido na manhã de 11. "A minha opinião é a de um leigo, mas muito francamente nada me fazia prever que houvesse uma situação destas. Uma coisa com esta violência sobre dois símbolos do Estado não esperava." Assume "uma certa amargura, algum desalento". Afinal, como a maioria dos portugueses, Jorge Marques torceu apaixonadamente por Timor durante anos - e durante o decisivo processo de 1999.

Convidado pelo INEM para participar na missão - não há voluntários nestas situações, mas convites efectuados pela instituição a quem reúne as condições necessárias, e Jorge Marques, fazendo parte da equipa da viatura médica de Portalegre, era um candidato adequado -, aceitou no mesmo dia. "Só não disse logo que sim porque tinha de falar com a minha família". As saudades da mulher e "das duas crianças muito pequenas" apertam e tão depressa não se vê a largá-las. "Daqui a uns tempos, desde que não seja muito em breve, voltaria com gosto. Mas primeiro tenho de matar as saudades..." (Fonte: D.N.)
Cumpriu a sua missão, estava no local certo à hora certa. Salvou uma vida. No seu retorno deu esta entrevista que muito diginifica o Inem e a sua Profissão.

13 fevereiro 2008

Hospital de Gaia Jamé

Porque acredito que as criticas servem para melhorar algo, deixo aqui um enxerto sobre a realidade das Urgências de Gaia, sob o ponto de vista de uma Utente. Como trabalho na instituição, não me posso pronunciar publicamente, no entanto o Post requer os vossos comentário e uma Reflexão. Por favor Leiam o texto até ao Final.


Texto Retirado do Blog: Palavras Soltas.

"Inacreditável…
É esta a descrição mais próxima do que se passou cmg nas Urgências do Hospital de Vila Nova de Gaia. Bem o que se terá passado perguntais vós???

Pois eu tenho todo o gosto em voz explicar de modo a
que sempre que precisem de uma urgência não utilizem a de Gaia…

Ora bem, certo dia, (mais especificamente ontem) dirigi-me ás urgência do Hosp
ital de Vila Nova de Gaia, entrei por volta as 23.20 e dez minutos depois já estava deita a triagem, colocando-me uma fita amarela no pulso e tirando-me uma fotografia com uma webcam (que alias nem tinha reparado que ali estava). Até aqui nada de anormal, alias o atendimento ate foi bastante bom.

De seguida encaminham-me para uma sala de esperar especifica para os doentes “amarelos” (pois há uma para os doentes das diferentes cores) e o acompanhante é enviado para outra sala. nada de anormal ate agora, o usual nos hospitais…

Mas quando entrei na sala dos “amarelos” reparei que estava bastante cheia para aquela hora da noite, mas não me incomodei pois pensei que poderiam estar ali para diferentes especialidades…

Aguardei, 30minutos e vi que ninguém era chamado, uma hora passada tb ninguém da sala se mexia, 2h depois tb ng ainda tinha sido chamado…

As pessoas começaram a ficar impacientes, mas continuavam aguardar, 3h depois, às 2.30 da madrugada, chamaram uma senhora, foi ai que percebi (através do meu sentido de cusca apurado através de busca de informações aqui e acola) que aquela senhora estava ali desde as 8h da noite e que tinha sido atendida 6.30 depois… assim como descobrir que tinha perto de 10 pessoas há minha frente

Comecei a desesperar e a perceber que a minha ida há urgência tinha sido infrutífera pois seria obrigada a desistir de tanto esperar…

As pessoas começavam a movimentar-se mais na sala de esperar e já saiam da mesma para os corredores tentavam perceber o que se passava, e ate aguardavam á porta dos médicos que chamassem o seu nome… mas nada… o ambiente estava a ficar muito tenso e as pessoas começavam a descarregar nos seguranças (que pareciam policias obrigando os pacientes a permanecer na sala de espera e não sair para os corredores) nos médicos que passavam, nos enfermeiros e te nos auxiliares, tudo servia para descarregar a impaciência e acalmar os ânimos…

4h depois, 3.30 da madrugada, - finalmente os médicos começam a chamar,
graças a muitas desistências, as pessoas foram desaparecendo para os consultórios e encaminhadas para outras áreas, só por isso não desisti de me ir embora, apesar de as dores aumentarem cada x mais (Já agora porque é que no hospital entramos com uma dorzita e depois lá dentro ficamos pior, a dor parece que aumenta e fica insuportável??? já vos aconteceu isso???)

Enfim, 4h e meia depois, 4h da madrugada - depois de tanta espera ouvi o meu nome, parecia mentira…. La entrei para o gabinete do medico e mal o ouvi falar vi que não era português pois não se percebia nada do que ele dizia… fui apanhando uma coisa ou outra que dizia e lá fui respondendo ás perguntas…

Percebi que ia levar uma injeção para as dores e que depois ele me ia receitar qq coisa para levar para casa…

4.15 da madrugada - injeção tomada, saída do gabinete de enfermagem a mancar, e sem me puder alapar… esperei novamente pelo medico… que apareceu logo para variar e deu-me a receia com as indicações da forma de tomar os medicamentos e deu-me alta… Finalmente…. vou par casa aleluia…. Alta dada, só faltava pagar e conduzir ate casa.

Paguei 9,20 euros, o que desde já achei uma roubalheira por causa do enorme tempo de espera, mas enfim la paguei e vim-me embora Sai de lá eram 4.30 da madrugada… acompanhada pela minha mãe e ainda a mancar, para me dirigir ao meu carro (… )

Enfim peguei no carro e guiei ate casa (cheia de medo aquela hora da madrugada não se via vivalma…) , sem perceber muito bem o que se tinha passado na urgência apenas com a certeza que jamais voltaria ali em situações de urgência pois aquilo mais parecia um centro de saúde em pleno dia com pessoas a espera de consulta… Sem duvida que se precisar de alguma urgência irei dirigir-me sem qualquer duvida ao Hospital de S.Joao ou ao Hosital de St António pois neles sempre fui muito bem atendida e principalmente com rapidez e eficiência…

Portanto meus amigos se estiveram mal de noite ou de dia e precisarem de ir a uma urgência não hesitem Stº. António ou S. João… JAMÉ hospital de Gaia… acreditem em mim que aquilo funciona mal todos os dias não foi somente uma situação esporádica que aconteceu comigo… eu sei do que falo… " (Fonte do Texto em cima Referido :Palavras Soltas)

Abro agora este espaço para que possam comentar este desabafo de uma utente do S.N.S.

11 fevereiro 2008

Inem e Bombeiros a permantente luta????-

Quem será o novo Presidente do Inem???
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Luís Manuel Cunha Ribeiro, vai ser substituído pela nova Ministra da Saúde Ana Jorge. Até à data de publicação deste post ainda não há informação sobre quem vai ocupar o cargo.

Contactado por jornalistas, Luís Manuel Cunha Ribeiro, nomeado no tempo de Luís Filipe Pereira e que permaneceu no cargo com Correia de Campos, explicou que : "Tinha posto o meu lugar à disposição, por uma questão de ética, porque mudou o ministro da Saúde. E a nova ministra aceitou" (Fonte : J.N)

Esta decisão surge numa altura em que a actuação da Emergência Médica, nomeadamente do INEM, tem sido fortemente criticada. Ora se por uns esta despensa terá consequências negativas, outros porém congratulam-se com esta medida, entre eles a Ordem dos Médicos e Bombeiros! Poderão ler o texto em baixo.

"Política de sequeiro
O erro de Cunha Ribeiro terá sido, para Duarte Caldeira, o de querer construir uma imagem de "auto-suficiência" conferindo ao INEM "exclusividade" no socorro pré-hospitalar. A política era "secar tudo à volta". O líder dos bombeiros garante ainda que não se trata, aqui, de penalizar o elo mais fraco de uma política governamental. "
Além de que, se saiu o ministro, diz Duarte Caldeira, é "óbvio e normal que saia também o executor das concepções políticas". (Fonte : J.N)

A questão que as pessoas extra Saúde se colocam é para quê estas guerras. E aqui alinho nas palavras do antigo Presidente do Inem, quando referiu que o importante era que o utente tivesse os melhores cuidados e acessibilidade. Para tal criaram-se as Sivs, reestruturam-se as redes de ambulância... Espero que todo o trabalho desenvolvido como as Sivs, não veja o seu fim prematuro, que só ocorrerá devido a Pressões Politicas e Institucionais ... Tal como a demissão do anterior Ministro, aguardamos novas politicas e desenvolvi
mentos.

08 fevereiro 2008

Até os Hospitais Militares!

O Governo aprovou hoje as orientações para a reforma da saúde militar que prevê a substituição dos actuais seis hospitais por um único, com dois pólos, em Lisboa e Porto, e a criação de um órgão responsável pela área.

Quando "questionado sobre se a reforma implicará alterações nos sistemas de assistência na saúde aos militares e seus familiares, Severiano Teixeira precisou que as orientações aprovadas hoje apenas se referem à «reforma das estruturas e não com os universos dos utentes».

Quanto à reforma do Ensino Superior Militar, Severiano Teixeira disse que »já foi aprovada em conselho de ministros e aguarda promulgação« e tem como objectivo »adaptar o modelo de formação dos oficiais das Forças Armadas às orientações do processo de Bolonha«.

A exigência do segundo grau de Bolonha, o grau de mestre e a criação de um conselho superior para o Ensino Militar são algumas das medidas, adiantou o ministro.

O diploma prevê um sistema de ensino assente em quatro instituições: A Escola Naval, a Academia Militar, a Academia da Força Aérea e o Instituto de Estudos Superiores Militares.
(Fonte : D.D.)
Os cortes na saúde também envolvem os militares, esta medida irá concentrar no Norte e Centro do País os cuidados aos militares. O ministro mudou, mas a politica de racionalização económica mantém-se.

06 fevereiro 2008

Enfermeiras Parteiras debatem partos naturais no Porto

Estando a fazer a especialidade, este é sem dúvida uma temática que muito me diz! Deixo aqui a informação e as afirmações para que possam ser debatidas.



"Segundo Vítor Varela, enfermeiro obstetra no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e representante dos países do Sul da Europa na Confederação Internacional de Parteiras, a reunião, que se realizará no Hotel Tuela a partir das 10:00, vai permitir debater «a possibilidade de realizar um parto natural com qualidade».

A importância de confiar nos processos naturais, nos mecanismos do corpo feminino e nas competências das enfermeiras obstetras (vulgo parteiras) são alguns dos temas em discussão.

Os partos domiciliários, o papel da água no trabalho de parto, a importância do apoio interpessoal e do aconselhamento da mulher no período pré-natal e no pós-parto também vão estar em análise no encontro da Confederação Internacional de Parteiras, que reunirá no Porto representantes de Portugal, Espanha, Itália, França, Grécia, Malta e Chipre, revelou Vítor Varela.

Defensor de que «dar à mulher a hipótese de um parto natural é uma missão do serviço público», Vítor Varela fundou e dirigiu até 2005 a Associação Portuguesa de Enfermeiros Obstetras (APEO), cujo X Encontro Nacional se realiza sexta-feira e sábado também no Hotel Tuela.

Para este responsável, em Portugal «vive-se o modelo médico, em que não é reconhecida a qualificação e a responsabilidade dos enfermeiros obstetras, ou parteiros, apesar de estes serem abrangidos por uma directiva comunitária».

Em causa está a norma 2005/36/CE, de 7 de Setembro, que aguarda transposição para o direito interno e que contém alguns pontos não consensuais para a comunidade médica, nomeadamente no artigo 39º, relativo ao «exercício das actividades profissionais de parteira».

«Prescrever ou aconselhar os exames necessários ao diagnóstico mais precoce possível da gravidez de risco» (alínea c), «diagnosticar a gravidez, vigiar a gravidez normal e efectuar os exames necessários à vigilância da evolução da gravidez normal» (alínea b), «assistir a parturiente durante o trabalho de parto e vigiar o estado do feto in utero pelos meios clínicos e técnicos apropriados» (alínea e) são alguns dos tópicos problemáticas.

No artigo 39º também não são consensuais a alínea f, que autoriza os parteiros a «fazer o parto normal em caso de apresentação de cabeça, incluindo, se necessário, a episiotomia, e o parto em caso de apresentação pélvica, em situação de urgência» e a alínea g, que capacita estes enfermeiros para «detectar na mãe ou no filho sinais reveladores de anomalias que exijam a intervenção do médico e auxiliar este em caso de intervenção e tomar as medidas de urgência que se imponham na ausência do médico, designadamente a extracção manual da placenta, eventualmente seguida de revisão uterina manual».

«Sem que seja elaborado e reconhecido, após aprovação pela Ordem dos Enfermeiros, um Regulamento de Actividades que contemple todos os pontos da directiva, a autonomia das parteiras ou parteiros está sempre posta em causa», considera Vítor Varela. " (Fonte : D.D.)

Este tipo de encontro é necessário e leva a que Conclusões importantes surjam. Ao confrontarmos modos e métodos de trabalho, evolui-se. Quanto às afirmações anteriores, penso que vem de encontro ao que todos os Enfermeiros sentem, ou seja precisamos de uma nova Carreira e de um novo Modelo de Profissão. Espero ambos sejam aprovados e implementados em breve.

02 fevereiro 2008

Progressão na Carreira de Enfermagem é para Pedir Já

A progressão nos escalões para os trabalhadores que em data posterior a 31 de Dezembro de 2007 completaram o tempo necessários para o efeito de progressão na carreira, devem fazê-lo de imediato pelos serviços a que estão vinculados, sob pena de estar a serem cometidas simultaneamente uma injustiça e uma ilegalidade. Assim caros colegas leiam o texto em baixo e peçam na vossa Instituição para que Progridam na Carreira. Por favor passem este texto via mail ou através de comentários via blogs! Penso que muitos desconhecem esta informação!

"De facto, ao ter terminado a vigência do congelamento de escalões em 31 de Dezembro de 2007 e ao não ter entrado em vigor o novo regime de vínculos, carreiras e remunerações, em 1 de Janeiro de 2008, a progressão nos escalões deve operar-se a partir desta data, de acordo com o previsto no regime remuneratório ainda vigente – o Decreto-Lei nº 353-A/89, de 16 de Outubro.

Contrariamente ao que já está a ser divulgado, pela Direcção Geral da Administração e Emprego Público, através da Circular nº 16/GDG/07, no sentido de que os serviços aguardem a entrada em vigor do novo regime de vínculos, carreiras e remunerações, para então procederem à progressão de acordo com as normas que ali vierem a ser fixadas, a progressão deve processar-se de imediato.

Estando em vigor o Decreto-Lei nº 353-A/89 e estabelecendo o mesmo que a progressão nos escalões se processa automaticamente, só resta aos serviços processar o pagamento da diferença salarial dali decorrente, sob pena de estarem a violar indiscutivelmente a lei.

A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública apela aos trabalhadores que estão nas condições de mudança de escalão, para que exijam junto dos serviços de pessoal o cumprimento da lei.

E se tal não acontecer, aconselha a que se dirijam aos serviços de contencioso dos Sindicatos da Função Pública para interporem o competente recurso do acto ilegal praticado pelos serviços.

A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública considera que esta situação é mais um acto do Governo, atentatório dos legítimos direitos dos trabalhadores da Administração Pública, que a todo o custo, mesmo de manobras dilatórias, procura poupar dinheiro à custa de quem carrega em anos sucessivos uma indesmentível degradação dos seus salários
.(Fonte:Federação dos Sindicatos da Função Pública)

A função pública tem vindo a ver as suas Progressões Congeladas, no entanto após lermos esta informação que vos deixamos em cima constatamos que o congelamento terminou, pelo que os funcionários que atingiram os pressupostos para a subida\ progressão devem elaborar este pedido. Podem seguir o exemplo que vos deixamos na imagem em baixo.

Deixamos a Circular para que possam ler. Cliquem aqui.

Voltamos a referir que a informação de que é para progredir mantém-se. Se este ano faziam a vossa progressão façam o Pedido. Os CAPs também Progridem, informem-se com os Sindicatos!