10 janeiro 2008

Alunos de Enfermagem Vs Supervisão Clinica

No meu local de trabalho senti uma lacuna na supervisão de alunos, pelo que considerei necessário investir e saber mais, em suma adquirir novas competências. Criou-se um Grupo de Trabalho!

Findado o curso, percorro a memória, vasculho os apontamentos e textos fornecidos e chego à conclusão que o caminho apenas se inicia. O trabalho leva a formação e o contrário também se torna verdade. Assim o que posso dizer sobre o conteúdo assimilado?

Enfermagem assume cada vez mais um papel primordial em todos os domínios da assistência ao indivíduo tanto num contexto hospitalar como num contexto domiciliário. Exige-se hoje do profissional não só o saber, saber fazer e saber ser enfermeiro, como também saber transformar-se, no sentido de acompanhar a permanente evolução que se observa, bem como saber- pensar enfermagem.

Partindo da afirmação anterior questionei-me; de que forma poderemos aproveitar a formação e os modelos apreendidos no curso de Licenciatura e aplica-los à formação de pessoas e de futuros Enfermeiros?

O supervisor clínico deve auxiliar o aluno a construir o seu conhecimento, actuando enquanto “modelador de mentes e actuando na ponte entre a teoria e a prática, tendo em conta que este percurso deverá ser trilhado passando sempre na casa dos Porquês?

O aluno de enfermagem enquanto possuidor de conhecimentos teóricos e práticos vê-se assim envolvido num processo formativo complexo, que tem como finalidade o seu crescimento enquanto aluno e enquanto pessoa.

Citando Zheichnner, 1993 “Não é a prática que ensina… é a reflexão sobre a prática”. Nesta linha de pensamento e afirmando que Enfermagem tem um corpo de conhecimentos (saberes) próprios que permitem a aquisição de uma base de sustentação sólida, que oriente a prática e a formação, considero que deverá caber ao Supervisor Clínico no contexto da prática clínica, o papel de auxiliar o aluno a descobrir a sua identidade.

Em suma ao aluno exige-se que queira aprender (principio da auto-implicação do aprendente) e ao supervisor que promova a aprendizagem e prática reflexiva, no entanto a existência de diferenças entre personalidades e experiências podem conduzir a erros na avaliação e no processo formativo.

“Comunicar é saber calar e dar voz aos silêncios” (Sérgio Soares, 2000), uma vez que se desejamos que as pessoas com quem nos relacionamos modifiquem o seu comportamento, temos que agir no sentido de modificarmos, nós próprios, o nosso comportamento.

Como aluno deste curso de em Supervisão Clínica aprendi que não é fácil avaliar, uma vez que a todo este processo temos inerente uma recolha sistemática de informação, sobre a qual se formula um juízo que facilite a recolha de informação.


A tarefa não é fácil! Recomendo esta Formação e já tenho saudades deste grupo de trabalho que se criou. Conforme prometido deixo a imagem do ultimo dia.


BILBIOGRAFIA

>BACH, Richard- Mensagens para sempre. Cascais: Arte Plural edições, 2001, pág. 85, pág. 15
>CARVALHO; Maria Manuela – A Enfermagem e o Humanismo, Lusociências Editores, 1996, pág. 25
>FR. BERNARDO, O P. – Humanizar-se para cuidar, pág. 59-.62
>HENDERSON, V.. Basic PrincipIes of Nursing Care. New York: Internacional Council of Nurses, 1969. 51 p.
>PINTO, Vítor Feytor – Humanização e qualidade de vida. Servir. Lisboa: vol. n.º 44, n.º 1 (1996), Pág. 14
>SERRÃO, Daniel- A pessoa humana, fundamento da qualidade global. Acção Médica, Porto: n.º 2 ( Junho 1994), pág. 5
>WATSON, Jean Enfermagem: ciência humana e cuidar, uma teoria de Enfermagem.Lusociências, 2002, p. 55

7 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns a esta turma. Onde tirou o curso e quem foi o formador?

Blogger de Saúde disse...

O Formador foi o MESTRE em Supervisão clinica e Enfermeiro Sérgio Soares, a ele o muito obrigado.

Onde se poe fazer o curso pelo que sei, espero não estar enganado em Lisboa,em Oliveira de Azemeis na escola de Enfermagem da Cruz Vermelha e em Gaia, confesso que já vi placares a anunciar curso, mas não tomei atenção na escola!

Recomendo o Formador e a Formação.

Abraços e bom fim de semana.

Anónimo disse...

Na Universidadse de aveiro têm esse curso. Para quê ir para escolinhas de bairro como a de oliveira de azeméis?

Anónimo disse...

Tudo depende da area geografica de onde se vive

Blogger de Saúde disse...

Bem não será só dependete da área geográfica, pessoalmente fui pelo Formador. Tinha tido um colega que tinha sido seu formando e pelo que me havia contado... pensei tenho que ir .

De facto valeu a pena.

Anónimo disse...

Olá sergio.

Então as festas, cm foram??
a foto está muito interessante, estamos todos com umas caras...
Marquem lá o jantarzinho, que estou à espera!!
Andreia

Anónimo disse...

Se existe uma anedota... é a supervisão de alunos.... nem vale a pena supervisão ... tem todos mais de 16 valores no mínimo... enfim novos tempos...
Mais hilariante é a supervisão dos alunos das especialidades... sao orientados por colegas sem especialidade e são avaliados por competencias de enfermeiro generalista... Confuso não?
É simples... um futuro especialista chega a um serviço, é entregue a um enfermeiro generalista... fazem ambos os mesmos turnos e fazem também a mesma coisa... a mminha questão é quais são as competencias do enfermeiro especialista?
Tenho um caso de uma colega com mais de 10 anos de serviço que integrou um recem formado... passado algum tempo mudou de serviço e foi tirar a especialidade... teve que fazer estagio no seu antigo serviço... e adivinhem quem a esteve a orientar? o miúdo que ela tinha integrado....
não me lixem... temos um ensino deveras decadente...