
O ministro falava aos jornalistas em Estremoz (Évora), após presidir à instalação de quatro ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), que ficam sedeadas nos centros de saúde de Estremoz, Moura e Odemira e no Hospital de Santa Luzia, em Elvas.
A instalação das ambulâncias de SIV foi uma das promessas feitas pelo ministro, em finais de Janeiro, quando anunciou o reforço dos meios do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no Alentejo, após os casos da morte de dois homens em Odemira (Beja), no espaço de 15 dias, em que as operações de socorro se prolongaram por várias horas.
O governo cumpre o que prometeu», declarou hoje o ministro, reconhecendo o «dia dramático» que viveu após a primeira morte em Odemira. " (fonte : Portugal diário )
Lanço um tema de discussão, acham que o encerramento de algumas urgências é colmatado pela instalação das ambulâncias SIV? Está aberta a discussão de ideias.
8 comentários:
Bom tópico!
Respondo à questão da seguinte maneira: talvez.
A reestruturação do atendimento urgente era inevitável e em certos aspectos aplaudo a decisão do MS. Um olhar cuidado sobre certos serviços de urgência de hospitais não centrais, demonstrava défices no atendimento ao doente, acabando este por ser mal socorrido ou transferido para outra unidade hospitalar (por exemplo quem não se lembra da polémica da urgência do hospital de espinho).
E neste sentido eu apoio a decisão quando garantidas as condições de assistência e transporte em situações de urgência/emergência, permitindo assim ao utente a prestação de cuidados com qualidade e não em hospitais de "campanha".
O verso da moeda é a existência de um bom suporte pré-hospitalar para garantir o essencial a populações que não têm possibilidade de assistência célere numa instituição hospitalar. Este tipo de "remendos" não garantem segurança nem qualidade nos cuidados, logo não me parece uma alternativa viável.
Como em tudo, depende do contexto. Como não conheço a realidade do sul do país, abstenho-me de tecer críticas directas a essa medida adoptada.
Penso que algumas urgências e serviços e obstetricia nunca deveriam ter fechado. A prova está a vista! Não creio que sejam as SIV a melhorar este problema agora criado. Elas deveriam ter existido ainda com as urgencias a funcionar. E deveriam assegurar a via área com Combi tubos, pelo que li essa opcção ainda não esta contemplada.
Parabéns pelo blog, desconhecia-o
Anotnio
O tema lançado é muito importante, mas como todos concordamos, era imperioso reestruturar o SNS, só que a forma pode não ter sido a melhor, infelizmente vemos nas comissões médicos, médicos, não duvido que cheio de boas intenções mas toda a equipa multidisciplinar sabe que os enfermeiros têm uma grande abrangência dos problemas das populações que cuidam, porque estão lá no terreno, e infelizmente raramente são chamados a participar, e/ou os que o são desconhecem a realidade no terreno.
Necessário era fazer qualquer coisa para melhorar os serviços de urgência, penso que a forma não foi a ideal e fechá-los pior ainda, a distância nunca é positiva para uma urgência.
Beijos.
Com o patrocínio da Humpar vai realizar-se dia 29 de Outubro no Porto um workshop sobre humanização do parto para médicos e enfermeiros obstetras, parteiras e estudantes de medicina ou enfermagem com Debra Pascali Bonaro, doula e formadora certificada pela DONA International (Doulas Of North America).
mais informações aqui:
http://sobcesaria.blogspot.com/2007/10/novos-conceitos-de-sade-workshop-para.html
Grande parte das urgencias que encerraram não tinham condições para atender verdadeiras urgências ou emergências quer por falta de material ou por falta de pessoal qualificado.
As ambulâncias SIV vieram finalmente começar a proficionalizar a emergência pré hospitalar. Da sua formação fazem parte atitudes que nem sequer nessas urgencias que encerraram eram possíveis fazer. Exemplo disso é a trombólise em casos de EAM. Tem também acesso directo a toda os meios que o CODU pode disponibilizar, por outras palavras está em contacto com o CODU e pode pedir apoio quer da VMER quer do Heli....
Quanto ao pormenor do combitube... vamos mais além, porque faz parte da nossa formação a entubação oro traqueal
Nesta altura as equipes de SIV precisam de apoio e não de críticas, porque é uma área pretendida por muitos....
Como sabem a Constituição Portuguesa defende igualdade de direitos e igual acessibilidade a todos os cidadãos.
O debate que gostaria de lançar seria o de saber se as SIV isoladas, darão resposta a todas as necessidades. Não ponho em causa as SIV. Nem poderia, pois fui um dos seus primeiros defensores.
Penso os Enfermeiros foram chamados a participar, isso nota-se na presença dos Enfermeiros nos grupos de debate, nas SIVs, no INEM. Falta é visibilidade dos media, não?
As SIV estão no inicio, após o termino do nosso curso irá iniciar-se novo processo de selecção para abrir novos locais onde vão estar presentes as SIV de forma a ter uma maior cobertura a nível nacional. Os meios existentes vão continuar a existir, as SIV vão ocupar a lacuna que existe entre o SBV e o SAV e servir de ligação entre os dois.
Não vão fazer milagres, mas acredito que vão fazer a diferença especialmente no interior.
É essa a nossa intenção... é fazer a diferença
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