
Nos Orçamentos de Estado espanhol e português, apresentados praticamente em simultâneo, o do país vizinho previa a comparticipação a 100% da vacina. O português não.Alguns especialistas afirmam que a vacina não tem sentido se não for acompanhada pela disseminação da educação sexual nas escolas, porque deve ser tomada antes do início da actividade sexual. Os mais críticos dizem que a falta de iniciativa sobre este assunto (vacina e/ou educação sexual) é sexista e indicia falta de interesse por um problema do foro íntimo das mulheres."(fonte : Sociedade Civil)
O cancro do colo do útero é um dos cancros mais comuns nas mulheres, e o responsável por uma mortalidade elevada em todo o mundo. A sua incidência é maior entre as mulheres dos 45 e 60 anos, no entanto muitos casos ocorrem em

Porque este tema nos interessava, ambos assistimos ao Programa e chegamos mesmo a participar via comentários que foram lidos no programa (ver 1h05m). Para as mulheres que desconhecem esta realidade, deixamos aqui um resumo, ficando sempre disponiveis para responder a alguma dúvida via mail ou neste blog.
Como aparece o cancro?
O cancro do colo é uma doença relativamente frequente. Aparece e desenvolve-se em silêncio, sem qualquer sintoma próprio.As células da zona de junção escamo-colunar podem ser alteradas pela acção de vírus transmitidos através das relações sexuais, pelo tabaco e outros agentes, que as transformam lenta e progressivamente no caminho do cancro. Nessa negra viagem passam primeiro por uma fase pré-cancerosa, que terminará no cancro se não for detectada e tratada a tempo e horas.(Fonte: ARS)
O Cancro do Colo do utero pode e deve ser prevenido! O seu aparecimento ou mesmo a sua progressão,podem ser impedidas, através de um simples exame, a que se dá o nome de Citologia ou Exame de Papanicolau.
Este exame não é doloroso e é gratuito no seu Centro de Saúde, nas consultas de Planeamento Familiar. Se for realizado precocemente, a hipótese de uma lesão ser diagnosticada é elevada, o que contribui para o tratamento mais precoce do cancro, e consequente melhoria da qualidade de vida.
O tema que deixamos aqui em discussão, será :
- A vacina do Colo do Útero deve ou não ser comparticipada?
19 comentários:
Penso que deveria ser comparticipada. Mas não sei qual seria o seu peso no orçamento de estado. Infelizmente é de dinheiro que se trata não?
Enviei o mail esperemos resposta.
Gostaria de saber se o Exame de Papanicolau é feito em qualquer centro de saúde, pois tenho feito o meu e da minha filha numa particular!
Obrigado por ter colocado o video onde se fala sobre este tema. Tenho uma filha e não sabia muito sobre a vacina. Pelo que vi do programa, existem ainda algumas dúvidas sobre a vacina, que existem duas diferem é do laboratorio, certo, Vera?.
No programa uns estão a favor, outros contra, fico confusa e o preço é elevado! O que pensam, o que aconselhava a esta mãe?
Sendo o preço é elevado, espero que o governo faça os tais estudos que no programa referem, ou tomo a iniciativa? É complicado. Enfermeiros o que me sugerem.
A proposito da vossa participação no blog- sociedade civil, concordo que precisamos de mais médicos e enfermeiros nas escolas. são precisos, e que saiam dos gabinetes!(não sabia que era possivel comunicar asssim, a minha filha tem-me ensinado)
Sou mãe e gostei desta informação, bem hajam!Gostei de visitar o Saude Infantil e o curso de preparação para o Parto, pena é ser de tão longe, Lisboa! Conhecem alguma experiência aí em Lisboa? Se alguém conhecer pedia informações, Obrigado!
Cristina Soares
O teste de rastreio citológico preconizado no nosso país assume falhas de diagnóstico imediatas. A fraca especificidade aliada a uma baixa percentagem de falsos negativos (contudo, não deixam de ser casos por diagnosticar) do papanicolau, justifica a minha opinião de haver uma comparticipação parcial da vacina.
Porquê parcial? De modo algum se incluiria a mesma no PNV se os testes de diagnóstico precoce fossem satisfatórios em termos de eficácia, mas não o são. Em quantos centros de saúde associam ao papanicolau o teste do ácido acético?
Logo, numa realidade em que existem falhas no rastreio do Cancro do colo do útero, em que não é possível garantir a 100% a segurança das mulheres e uma adesão não satisfatórias das mesmas a este plano de prevenção, apoio a comparticipação da vacina independentemente do impacto financeiro que poderá provocar.
Para quem estiver interessado, pode tomar conhecimento do parecer da "Sociedade Espanhola de Medicina de Família e Comunitária" relativamente à inclusão desta vacina no PNV:
http://www.svmfyc.org/Noticias/doc/Noticia91.pdf
Claro que a vacina deve ser comparticipada mas o governo não quer ajudar porque ia ser demasiado dispendioso pagar €480 a todas as mulheres que quisessem...
Beijos
A prevenção não deve ser previlégio.
Ao contrário do que já se verifica noutros países, como é o caso da Alemanha e dos EUA, em Portugal esta vacina não é comparticipada pelo Estado e não está incluída no Plano Nacional de Vacinação. No nosso país, o tratamento completo (três vacinas) representa um investimento de 480 euros, o que não está ao alcance de uma grande franja da nossa população, se tivermos em atenção uma família que tem três ou quatro,mulheres pois já é uma despesa considerável e que pesa no orçamento familiar.
Deixo link, que é mais rápido... (o comentário de ontem, perdeu-se?)
http://conversamos.wordpress.com/2007/10/28/saude-da-mulher-saude-de-todos/
:)
Olá LN, o comentário e ontem ?Não recebi nenhum... Miguel Obrigado pelo Link, fui ver e gostei da informação, irei colocar no POST.
Ora fazendo um resumo do conteúdo, todos pensam que esta Vacina deve ser Comparticipada, no entanto todos concordamos que é Cara, logo não acessível a um leque grande da nossa População. Sendo que os Laboratórios fazem cumprir a lei do Mercado, o que se pode propor para alterar este cenário?
Como referido e muito bem no debate televisivo investir na Vacina isoladamente pode não trazer benefícios se não for acompanhada pela educação para a Saúde. Ora Temos pois ,antes que o Governo decida o que fazer ou investir, que incentivar os Centros de Saúde, os Cuidados Primários a Educarem a nossa População. Isso requer contratualização dos elementos que faltam e\ou renovação e contratos para que haja Continuidade no trabalho realizado! Pessoalmente conheço alguns bons casos , mas temo que esta Politica de Privatização "mate" estes projectos que traziam ganhos em Saúde. O que fazer?
Abraços a todos.
Caro lifepassenger:
As intervenções que garantem ganhos reais em saúde com redução dos custos é a prevenção. Basta consultar os fenómenos de alta sensibilidade aos cuidados de Enfermagem para comprovar isso. E quem trabalha em prevenção? É a nossa área sem sombra de dúvidas.
Uma das linhas orientadoras do governo relativamente à reestruturação do SNS implica uma centralização mais apertada nos cuidados de saúde primários. É lógico que sem operários a fábrica não trabalha, mas isso é matéria que o MS tem de resolver para operacionaliozar as suas directrizes. Sabemos nós que são desapropriadas, irreais e utópicas., mas o desfecho desse aparato ainda não está para breve.
Ora se fossem bem feitas as contas, será que não ficaria mais barato uma comparticipação média da vacina em detrimento da morte diária de uma mulher vitima desta doença? Façamos contas à radioterapia, quimioterapia, internamentos, despesas da segurança social, diminuição na qualidade de vida, absentismo... Por um lado este governo quer adoptar um modelo mais anglo-saxónico de prestação de cuidados de saúde e acaba por cair no próprio poço.
Estamos a falar da 2ª principal causa de morte na mulher e Portugal tem os indices mais elevados da Europa!
Agora se a eficácia da vacina é questionável, a conversa é outra...
Atenciosamente, Miguel Teixeira
http://visaoenfernaldacoisa.blogs.sapo.pt
"La epidemiología de la infección por VPH y del câncer de cervix en nuestro país no requiere una intervención sanitaria inmediata.
La Junta Directiva de la Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria, reunida este sábado 6 de Octubre, quiere manifestar su postura de considerar una decisión precipitada la inclusión de la vacuna del Virus del Papiloma Humano (VPH) en el calendario vacunal, en el caso de que esta decisión sea adoptada por parte de la Comisión de Recursos Humanos del Consejo Interterritorial.
La semFYC, organización que representa a más de 19.000 médicos de familia, de acuerdo con el Programa de Actividades Preventivas y de Promoción de la Salud (PAPPS), teniendo en cuenta la epidemiología de la infección por PH y del cáncer de cérvix en nuestro país así como los datos conocidos hasta ahora sobre la vacuna, considera que la decisión de incluirla en el calendario vacunal es precipitada sobre la base de las siguientes consideraciones:
1. Magnitud: la incidencia y morbi-mortalidad de la enfermedad es baja en nuestro país.
2. La infección por el VPH es una causa necesaria, pero no suficiente. En nuestro país, la mayor parte de las infecciones cursan de forma asintomática y en el 80-90 % de los casos se resuelven espontáneamente.
3. La vacuna no es una vacuna terapéutica.
4. La vacuna sólo es eficaz para prevenir lesiones displásicas por los genotipos incluidos en la vacuna.
5. Se desconoce la efectividad de la vacuna en el grupo de edad en el que se recomienda su aplicación como vacuna sistemática (9-14 años)
6. No se conoce la efectividad real, ni la duración de la inmunidad ni la necesidad de dosis de recuerdo.
7. En mujeres que han iniciado relaciones sexuales, la efectividad es muy baja y en algunos casos puede ser discutible.
8. No se dispone de datos de seguridad a largo plazo
9. Existen dos vacunas distintas y se desconoce si son intercambiables: Tetravalente: 6, 11, 16 y 18 (displasias y verrugas)- Gardasil Bivalente: 16 y 18 (displasias) - Cervarix
10. Puede administrarse conjuntamente con la vacuna de la hepatitis B, pero está pendiente estudiar la compatibilidad con otras vacunas
11. Existe la necesidad de seguir investigando i. Hacer estudios epidemiológicos y seguimiento de seguridad ii. Efectividad en otros grupos: varones, inmunodeprimidos...
12. La vacunación no sustituye la necesidad de seguir realizando cribado en mujeres vacunadas y no vacunadas
13. La vacunación es una actividad preventiva complementaria a otras actividades (preservativo, cribado...) en una estrategia preventiva global
14. Dadas las dudas expuestas sobre la efectividad de la vacuna, su coste- efectividad es discutible Por último, la semFYC considera que en caso de adoptarse finalmente la decisión de incluirla en el calendario vacunal, se recomienda restringir su uso solamente a las indicaciones aprobadas por el Consejo Interterritorial, evitando recomendarla a otros grupos de edad."
Este post foi publicado no doutorenfermeiro.blogspot.com
"Vamos lá ver se nos entendemos "de uma vez por todas", e explicamos à Ordem dos Enfermeiros algo que parece não compreender de forma evidente (estaremos a falhar na comunicação?)!
Sigam o raciocínio:
Alguém me perguntou:
"Sabia que o ratio da OCDE são 8,1 Enf/1000 hab?"
Eu (doutorenfermeiro), disse:
"Sabia. Mas o que se calhar o colega não sabe, tal como um colega anónimo também já aqui referiu, é que os rácios da OCDE são calculados usando para o efeito todo o pessoal de "Enfermagem", que nos outros países integram os auxiliares de Enfermagem e em alguns os técnicos de Enfermagem. Daí um rácio tão elevado!
Se calcular exclusivamente o rácio de Enfermeiros "diplomados", constatará (para sua surpresa?) que em Portugal temos ainda mais Enfermeiros "diplomados" que muitos países..."
De seguida, o colega "Manuel" lançou este desafio:
"Gostava de lhe deixar aqui o desafio de deixar a ligação ou site onde é explicado que os ratios abrangem na OCDE outros profissionais que não enfermeiros."
E eu, vou aceitar...
Ora, esse grande site é o da Organização Mundial de Saúde (WHO - sigla inglesa para World Health Organization), conhecem?
Vamos seguir os seguintes passos:
Após entrarem no site, clicam no item Countries. De seguida escolhem o país cujas estatísticas de pessoal de saúde querem consultar. Um exemplo: Reino Unido.
Posteriormente, clicam em "Doctors, Nurses and other health profissionals". Após estes passos têm acesso às estatísticas de cada país, neste caso o Reino Unido. Aqui, podemos ver um rácio de 12,1 Enf/mil habitantes.
Em seguida, para os mais distraídos, podem clicar no ponto de interrogação ao lado da palavra "Nurses", e terão acesso a uma página onde se esclarece que:
""Nurses": includes professional nurses, auxiliary nurses, enrolled nurses and other nurses, such as dental nurses and primary care nurses."
O próprio site esclarece que para os rácios entram mais pessoal do que apenas os Enfermeiros diplomados!!!
Pronto, ainda resta alguma dúvida?"
Caro Carlini , bem vindo a este blog. Sinceramente não percebi a sua opinião relativamente ao tema em questão, nem compreendo a transcrição completa de um outro blog...Certamente teria algum proposito que desconheço. Gostaria de saber a sua opinião sobre o tema!
Sendo que seria impossivel chegar a um consenso quanto à inclusão da Vacina,no PNV, gostei dos argumentos e da informação dada por alguns colegas.Aguardemos os ganhos em saúde, nos outros Países em que esta será incluida...e continuemos a investir na formação à população.
É simples, aminha opinião coincide com a do autor do blog acima referido.
Coloquei aqui, pois sei que é um apoiante da actual bastonária,e já aqui li em tempos opiniões suas abonando isto dos rácios...
Mas, como pode ler, as coisas não são bem assim como a OE diz... isto de atirar areia para os olhos dos enfermeiros tem de acabar...
Ninguém atira areia para os Olhos de Ninguém... Penso que se for a uma simples pesquisa no GOOGLE sobre Ratios encontrará outro tipo de informação.
Pergunto-lhe se Ordem não defender os Ratios como irá defender a nossa Profissão! Deixo-lhe o exemplo dos Açores onde se consegui a contratação de Enfermeiros, defendendo-os!
Calma, defender ratios é uma coisa, defender dotações é outra. Achoa que defender que o país precisa de mais de 80 mil enfermeiros é bom para a profissão? para quê? para ser pago a 2,5 euros/hora? não brinque!
Antes de formar mais enfermeiro, temos de estudar a viabilidade de mercado. Neste momento, na verdade, oa rácio em portugal é incorrecto, pois há muitos desempregados e o racio não reflecte a realidade!
As dotações não estão é sim a ser Cumprridas, nisso Concordamos!
E com o uso do presevativo o cancro do utero pode ser evitado?
O cancro do utero pode ser evitado se o rastreio for feito atempadamente. Assim se possui história de Cancro do utero na familia isto quer dizer que deveria ser seguida de forma mais "apertada".
Quanto ao uso do preservativo. Segundo estudos o problema de existirem cada vez mais muitos parceiros\experiências sexuais faz com que o contacto com o Virus seja mais frequente. Assim podemos dizer que O uso do Preservativo é Sempre aconselhado.
Quer neste caso, quer no caso das doenças sexualmente transmissiveis.E acreditem que nada pior do ver uma menina de 16 anos infectada, resultado de uma experiência sexual sem Preservativo.
É disto que se trata pode ser só uma vez para se contrair!
Espero ter respondido à questão!
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