08 fevereiro 2008

Até os Hospitais Militares!

O Governo aprovou hoje as orientações para a reforma da saúde militar que prevê a substituição dos actuais seis hospitais por um único, com dois pólos, em Lisboa e Porto, e a criação de um órgão responsável pela área.

Quando "questionado sobre se a reforma implicará alterações nos sistemas de assistência na saúde aos militares e seus familiares, Severiano Teixeira precisou que as orientações aprovadas hoje apenas se referem à «reforma das estruturas e não com os universos dos utentes».

Quanto à reforma do Ensino Superior Militar, Severiano Teixeira disse que »já foi aprovada em conselho de ministros e aguarda promulgação« e tem como objectivo »adaptar o modelo de formação dos oficiais das Forças Armadas às orientações do processo de Bolonha«.

A exigência do segundo grau de Bolonha, o grau de mestre e a criação de um conselho superior para o Ensino Militar são algumas das medidas, adiantou o ministro.

O diploma prevê um sistema de ensino assente em quatro instituições: A Escola Naval, a Academia Militar, a Academia da Força Aérea e o Instituto de Estudos Superiores Militares.
(Fonte : D.D.)
Os cortes na saúde também envolvem os militares, esta medida irá concentrar no Norte e Centro do País os cuidados aos militares. O ministro mudou, mas a politica de racionalização económica mantém-se.

12 comentários:

Anónimo disse...

Mantém-se e parece ser este o caminho que a saude passa temos que nos adaptar e não estar sempre à espera que mude. Agora o que não podemos fazer é apesar de não termos elementos para fazer o trabalho este apareça feito e sem qualidade.

Infelizmente é esta a mentalidade de muitos e quando não se faz porque não se pode andar sempre a correr ainda são criticados.

Anónimo disse...

muda-se o ministro mas mantém-se o mesmo sentido.

"Atleta...;)...." disse...

Pois...este é um tema que me toca duplamente...sou enfermeira militar e está tudo dito....
O que a opinião pública poderá não saber....é que só o Hosp.Militar Principal em Lisboa possui 12 pisos de internamento.....podem não saber que nenhum dos hospitais militares existentes em Lisboa...tem capacidade logistica (material e humana) para receber todos os possuidores de assistência miliatar....ou mesmo espaço para serem ampliados.....
Podem não saber que esses hospitais...respondem, em questões de assistência de saúde....a todos os militares no activo, reserva territorial e seus respectivos familiares directos, responde na assistência em saúde aos militares e familiares directos da GNR e PSP...embora estes pertençam a ministérios diferentes...podem não sabem que todos os establecimentos de ensino militar recorrer a eles (Academia Militar, Academia da Força Aérea, Escola da Armada, Escola do Serviço de Saúde Militar, Púpilos do Exército, Colégio Militar, Instituto de Odivelas), pessoas possuidores de assistência na saúde militar....nos lares militares...RUNA, IASFA, Lar da Cruz Vermelha Portuguesa....podem não saber que adidos militares, embaixadores e respectivos familiares directos tem direito de assistência nos hospitais militares...podem não saber que todos os possuidores de assistência nos serviços de saúde militares tem direito de assistência....neste caso estou a referir-me às centenas de militares estrangeiros que estão destacados em Portugal ou que estão de passagem.....podem não saber....que isso vai aumentar ainda mais o caos existente nos Hospitais Públicos...porque se os hospitais miliares não poderem dar resposta....por faltam dos referidos meios logisticos....os doentes vão ter que ser atendidos na mesma....podem não saber...mas o fecho dos referidos hospitais...não vai afectar apenas os possuidores de assistência militar....vai também os afectar....Posto isto, muito provavelmente...não estaria tanta gente de acordo com este fecho...

Anónimo disse...

Vamos esperar para ver.
Não conheço a realidade dos hospitais militares.

Cara colega, pode «mostrar-nos» essa realidade no que á Enfermagem, diz respeito?

Ficamos a aguardar e eu, desde já, agradeço.

Ana disse...

Bem... este governo já não sabe mais no que mexe!
até nos hospitais militares!!!

"Atleta...;)...." disse...

A realidade dos hospitais militares é esta...durante anos...foram por vezes sub-aproveitados...com os cortes orçamentais da ultima década...os hospitais ditos civis...começaram a abrir a pestana...e enviam os doentes de imediato para os hospitais militares....e são vários e não conseguem actualmente dar resposta a todos os pedidos de evacuação de pessoas portadoras de assistência militarr....agora imaginem o cenário que vai ser só com 2 hospitais....vão ficar nos hospitais civis....perdendo-se qualidade de cuidados...só para imaginar...uma equipa de urgÊncia do Hospital Militar Principal conta com 3 enfermeiros e tem cerca de 500 episódios por dia....pouco dizem uns...mas são menos 500 em algum lado...todos os dias recebemos doentes vindos de todo o país....
E depois existem situações que não dignificam ninguém...doente transferido de Beja com hemoglobina de 3,8...sim 3,8...esse senhor foi ao acima citado hospital porque tinha feito umas análises e ao ver os resultados...recorreu ao hospital...estes não confirmaram os resultados...limitaram-se a colocar um soro em curso e evacuar o doente desde Beja até Lisboa...Vivesse tempos de "despacha"...tem direito a assistência militar....estabiliza...e transfere..às vezes ou melhor muitas vezes nem estão assim tão bem estabilizados...
A situação vai piorar...vai piorar para mim e para os meus camaradas enfermeiros militares que vão receber muito mais doentes...e não vão conseguir responder a tudo...vai piorar para os colegas dos hospitais civis porque vão receber doentes que normalmente não receberiam...mas vai piorar principalmente para os utentes...quer tenham assistência militar ou não...
Os únicos que vão ver a situação melhorada e não é novidade para ninguém...são os particulares, que vão conseguir finalmente compensar os investimentos que fizeram

"Atleta...;)...." disse...

A realidade dos hospitais militares é esta...durante anos...foram por vezes sub-aproveitados...com os cortes orçamentais da ultima década...os hospitais ditos civis...começaram a abrir a pestana...e enviam os doentes de imediato para os hospitais militares....e são vários e não conseguem actualmente dar resposta a todos os pedidos de evacuação de pessoas portadoras de assistência militarr....agora imaginem o cenário que vai ser só com 2 hospitais....vão ficar nos hospitais civis....perdendo-se qualidade de cuidados...só para imaginar...uma equipa de urgÊncia do Hospital Militar Principal conta com 3 enfermeiros e tem cerca de 500 episódios por dia....pouco dizem uns...mas são menos 500 em algum lado...todos os dias recebemos doentes vindos de todo o país....
E depois existem situações que não dignificam ninguém...doente transferido de Beja com hemoglobina de 3,8...sim 3,8...esse senhor foi ao acima citado hospital porque tinha feito umas análises e ao ver os resultados...recorreu ao hospital...estes não confirmaram os resultados...limitaram-se a colocar um soro em curso e evacuar o doente desde Beja até Lisboa...Vivesse tempos de "despacha"...tem direito a assistência militar....estabiliza...e transfere..às vezes ou melhor muitas vezes nem estão assim tão bem estabilizados...
A situação vai piorar...vai piorar para mim e para os meus camaradas enfermeiros militares que vão receber muito mais doentes...e não vão conseguir responder a tudo...vai piorar para os colegas dos hospitais civis porque vão receber doentes que normalmente não receberiam...mas vai piorar principalmente para os utentes...quer tenham assistência militar ou não...
Os únicos que vão ver a situação melhorada e não é novidade para ninguém...são os particulares, que vão conseguir finalmente compensar os investimentos que fizeram

Blogger de Saúde disse...

Cara papoila obrigado pelo seu testemunho e pela sua visão

Anónimo disse...

Papoila.


Será que a «fusão» não vai ser só adminitrativa...ou seja, em termos de gestão, continuando os actuais hospitais militares a existirem fisicamente?

Teixeirinha

"Atleta...;)...." disse...

A proposta avançada....se é que se pode chamar proposta...uma vez que é uma coisa que foi definida...é que até 2009...é fusão de serviços, estando uns hospitais com umas especialidade e outros com outras...em 2009 fecham e ficam 2 hospitais...Lisboa e Porto...
Não precisamos de ir muito longe...o hospital de nossa senhora do desterro fechou e os doentes foram encaminhados, na sua maioria para os já sobrelotados, H.S. José e H. dos Capuchos....e o hospital de todos os Santos ainda não saiu do papel...pelo menos que eu saiba

Anónimo disse...

Parece que muita gente estava incomodada pelo Dr Cunha Ribeiro e pelo INEM. A nossa população tem muito que crescer, continuamos a ser um povo de desgraçados intelectuais.... preferem serem atendidos num local sem condições, por um médico pouco preparado para situações emergentes, preferem ser transportados por um bombeiro bêbado...

www.futuruniger.blogspot.com

António Miguel Miranda disse...

Divulgação

Um Blog ,dois livros!

www.camaradachoco.blogspot.com

“Camarada Choco”

e

“Camarada Choco 2”
António Miguel Brochado de Miranda
Papiro Editora

Papelaria “Bulhosa” Oeiras Parque, Papelarias “Bulhosa”, FNAC ou www.livrosnet.com

Tema: Haverá uma fronteira entre os Aparafusados e os Desaparafusados?"

Filmes de Apresentação no “Youtube” em “Camarada Choco”