
Médica e Enfermeira, sendo que ... a primeira ! Bem melhor é ler as noticias e as reacções.
"O QUE DISSERAM EM TRIBUNAL (Fonte: Correio da Manha)
MÉDICA
A anestesista Manuela Veringer nega responsabilidade na morte do jovem e alega não ter conhecimento de que o paciente estaria com falta de ar. Foi ilibada de má prática clínica pela Ordem dos Médicos e Inspecção-Geral da Saúde.
ENFERMEIRA
A enfermeira Madalena Serra, co-arguido na acusação, admite que o paciente chegou agitado à enfermaria e com falta de ar e que os sintomas foram transmitidos à anestesista, Manuela Veringer, contradizendo o depoimento da clínica. "(ver continuação da noticia aqui)
MÉDICA
A anestesista Manuela Veringer nega responsabilidade na morte do jovem e alega não ter conhecimento de que o paciente estaria com falta de ar. Foi ilibada de má prática clínica pela Ordem dos Médicos e Inspecção-Geral da Saúde.
ENFERMEIRA
A enfermeira Madalena Serra, co-arguido na acusação, admite que o paciente chegou agitado à enfermaria e com falta de ar e que os sintomas foram transmitidos à anestesista, Manuela Veringer, contradizendo o depoimento da clínica. "(ver continuação da noticia aqui)
Continuação da Noticia...
"Aqui está um título para uma boa reflexão a executar por aqueles que pensavam esperar alguma solidariedade profissional.
«Não consigo respirar, estou aqui com falta de ar e ninguém faz nada. Estão todos malucos».
“Estas foram literalmente, as últimas palavras de Carlos Mascarenhas, escritas em 28 de Gosto de 2002, numa revista que estava junto à sua cama no hospital de Egas Moniz, onde horas antes tinha sido operado a um quisto no pescoço. A essa operação, aparentemente sem gravidade, seguiram-se 3 horas de agonia, com familiares a assistirem.

Hoje os Enfermeiros são frequentemente mal informados de que “se os médicos mandarem fazer…” não correm riscos.
Podia ser por hemorragia, dizemos nós, pois os edemas da dita glote/epiglote, costumam ser de evolução mais rápida. E as hemostasias, quando deficientes, vão babando o sangue, para espaços mais ou menos livres, que se vão preenchendo e edemaciando.
A lentidão do fenómeno faz supor mais este do que o da glote.
Não sabemos se lhe foram ministrados corticoides, que, nos edemas da glote, costumam dar resultados benéficos, quase imediatos.
Se o edema fosse do sangue, no pescoço, por hemostasia defeituosa, logo da responsabilidade de quem operou e se põe de fora, seria lenta e inexorável e não resolúvel pela medicação, mas por uma nova cirurgia.
Aqui podia aplicar-se a velha máxima: “ou há moralidade ou comem todos”.
Pode tirar-se, a propósito, uma boa meia dúzia de ilações:
1 – Um enfermeiro prudente deve ter a cortisona no bolso, em dose não inferior a 250mg. para ministrá-la, quando está perante alergias (não seria este caso(?)). Fica pelo menos com a certeza de que fez uma manobra que pode salvar uma vida e previne os tais edemas da glote, regra geral, se forem isso;
2 – Não poupar os responsáveis, pois neste caso, também podiam ser os cirurgiões, pois com a morte, não sabemos se as hemorragias “param” e os edemas não desaparecem, para, para serem vistos nas autópsias;
3 – A lentidão, na evolução do edema, parece ser; mais por compressão do que por reacção. E a ligeireza com que os cirurgiões acusam impressiona, porque as dúvidas quanto à verdadeira causa determinante da morte, nesta cirurgia, são legítimas.
4 – Os enfermeiros têm de escrever com caracteres indeléveis estes exemplos para não caírem em facilidades, tão naturais na suposta camaradagem das equipas com que alguns enchem a boca.
5 – As chamadas de médicos devem ficar sempre registadas, assim como as respostas que são dadas. Isto significa caracterizar o grau de responsabilidade de cada um, para o que der e vier.
6 – Não há recobros simples de cirurgias ditas simples. Todos eles são, supostamente, complicados e devem ser atendidos por um número suficiente de enfermeiros. Com estes pressupostos, as complicações emergentes não nos surpreendem.
Não estamos a pretender desresponsabilizar a colega. Como também não estamos a culpá-la, dadas as dúvidas, que temos, acerca de edemas, quando aplicadas a este caso.
Afinal não são poucos os casos em que os enfermeiros têm competências próprias, que não são delegadas, uma das mais complexas é garantir o êxito nas cirurgias.
Por trás duma grande Equipa de cirurgiões, está sempre uma grande Equipa de Enfermagem.
Meditem nisto, é um convite que se faz aos nossos Colegas leitores assíduos ou esporádicos. "(Fonte SEN)
Deixo agora espaço para os vossos comentários. O que acham de todo este caso?