No encontro em Aveiro ficou bem patente que no lamentável acontecimento da semana passada não esteve em causa a triagem efectuada pelos Enfermeiros do Serviço de Urgência, mas sim o atendimento pós-triagem. Daí que o Conselho de Administração tenha optado por reforçar as equipas médicas e reorganizar o trabalho da equipa médica, para que efectivamente os casos triados com a cor amarela sejam observados no espaço de 60 minutos.
Estando a decorrer o processo de averiguações, as responsabilidades dos profissionais estão a ser apuradas. A Ordem dos Enfermeiros reafirma que está atenta a este processo e que agirá em conformidade com as suas competências, caso isso se justifique, como sempre tem acontecido.
Considerando os dados recolhidos em Aveiro e noutros locais do país, a Ordem dos Enfermeiros defende que o modelo de organização dos Serviços de Urgência tem de ser adequadamente repensado para garantir a segurança e qualidade dos cuidados a que os cidadãos têm direito.
Pensamos, igualmente, que se as reformas em curso estivessem interligadas, nomeadamente a reforma dos Cuidados de Saúde Primários e a implementação da Rede de Cuidados Continuados, provavelmente os problemas que afectam muitos serviços de urgência poderiam ser menores.
Mais: tendo em atenção a presente altura do ano, as unidades de saúde deveriam repensar a constituição das equipas, para que as situações de ruptura pudessem ser evitadas.
No encontro com os enfermeiros que exercem no Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro, a Ordem dos Enfermeiros tomou conhecimento da sobrecarga de
trabalho existente naquele serviço, nomeadamente com a presença de muitos doentes idosos que, pelos seus elevados níveis de dependência e situações clínicas, requerem grande intensidade de cuidados. A isto acresce a falta de camas disponíveis nos serviços de internamento, o que faz com que, tal como a Ordem dos Enfermeiros pôde verificar hoje, 20 doentes com indicação para serem internados tiveram de se manter no Serviços de Urgências por falta de camas nas enfermarias.
Estando a decorrer o processo de averiguações, as responsabilidades dos profissionais estão a ser apuradas. A Ordem dos Enfermeiros reafirma que está atenta a este processo e que agirá em conformidade com as suas competências, caso isso se justifique, como sempre tem acontecido.
Considerando os dados recolhidos em Aveiro e noutros locais do país, a Ordem dos Enfermeiros defende que o modelo de organização dos Serviços de Urgência tem de ser adequadamente repensado para garantir a segurança e qualidade dos cuidados a que os cidadãos têm direito.
Pensamos, igualmente, que se as reformas em curso estivessem interligadas, nomeadamente a reforma dos Cuidados de Saúde Primários e a implementação da Rede de Cuidados Continuados, provavelmente os problemas que afectam muitos serviços de urgência poderiam ser menores.
Mais: tendo em atenção a presente altura do ano, as unidades de saúde deveriam repensar a constituição das equipas, para que as situações de ruptura pudessem ser evitadas.
No encontro com os enfermeiros que exercem no Serviço de Urgência do Hospital de Aveiro, a Ordem dos Enfermeiros tomou conhecimento da sobrecarga de

A Ordem dos Enfermeiros crê que este problema também possa estar directamente relacionado com a ausência de camas de convalescença da Rede de Cuidados Continuados no distrito de Aveiro, bem como pelo facto de as camas de média e longa duração da mesma rede estarem indisponíveis para novos doentes. (Fonte : Ordem Enfermeiros)
Podem consultar as noticias que saíram nos jornais. Cliquem na imagem à esquerda.
Peço aos colegas que denunciem situações como estas de sobrecarga de trabalho e onde os cuidados a doentes com qualidade estão comprometidos.
Enviem um Mail da Ordem: mail@ordemenfermeiros.pt
Por fim , deixem o vosso comentário, o que acharam destas conclusões.
14 comentários:
vAMOS TER MAIS TEMPO A ORDEM COM OS eNFERMEIROS?
"No entanto, e neste caso, prevejo (não afirmo) que o problema reside no facto de ter havido incapacidade de dar resposta a todas as solicitações a que os profissionais de saúde foram sujeitos nesse turno. E, a ser assim, não estamos certamente a falar de negligência. Estamos a falar de incapacidade humanamente possível de dar resposta atempada a todas as solicitações que surgiram num só turno."
Já o escrevi no dia 4 de Janeiro no meu espaço. Não era necessário esperar até ao dia 9 para se saber o óbvio.
Cumprimentos
Talvez. No entanto a cautela e o averiguar do que se passou em nada nos projudica.
Fico contente ao ver que Enfermagem Portuguesa começa a sair do imoblismo e passividade .
Estamos mais interventivos e exigentes com o que queremos e com o que queremos mudar. Pouco a pouco vamos lá.
Abraço Enfermeiro e passei pelo teu espaço, mas foi a correr.
Espero que o Forum de Enfermagem resolva rapidamente o "bug".
De facto neste dia foi correr para aveiro e para o debate, talvez por isso a cara de cansada da bastonária no final do debate.
gostava que o enf. manuel tivesse falado, gosto de o ouvir, foi pena. Acho até que tem mais dom de palavra que a actual bastonaria.
estou farto de politiquices, quero é uma carreira nova.
Pois colega então tem que se dirigir ao Sindicato, penso que é lá que resolve isso.
É preciso é acção, esperemos mudanças na actuação.
Era preciso é melhorar o timing na resposta, mas ao menos ouve-se para já.
O problema não é o denunciar mas sim o poder fazer alguma coisa. Mais importante se denunciar à Ordem não posso levar com um processo do meu hospital?
A ordem diz algo à instituição sobre o facto de ter denunciado que as condições de trabalho e segurança estão no pior.?
Estou a contrato e a situação esta má se incluir isso vou porta fora.
Ps: o comentário anterior é meu
Esta visita a aveiro é para atirar areia aos olhos... é fogo de vista!
Com tantos serviços a fechar é normal que esses problemas aconteçam devido á sobrecarga. O governo manda fechar e os outros é que ficam aflitos...
Beijos
Finalmente começamos a ter mais voz na Ordem na defesa dos interesses dos enfermeiros, espero que seja uma intenção para manter!
Um abraço:)
Não se iludam mas não desistam de pressionar. O problema em Aveiro é que:
A centraliadde do enf na triagem de Manchester foi sempre um'osso' entalado nos médicos;
É inadmissivel que após a fase de triagem a dt. volte à sala de espera sem qualquer vigilancia. O espaço tem que ser adaptado para essa nova filosofia de urgência. Esse espaço precisa de enfermeiros. A Bastonaria ficou contente por passar a haver mais clinicos gerais, sobre enf. nada.Dado que o alert está em uso pode por aí estudar-se os tempos de ocupação dos profissionais. Alguem o fez. Talvez não interessem as conclusões.
Ena Rot cansada de Blogs :(
Vou passando e tirando uns apontamentos, regresso breve, não vou conseguir ficar calada muito tempo :)
Abraços para todos
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